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Você sabia que o desejo sexual é
provocado em maior escala no cérebro ao invés das virilhas? Cientistas de todo
mundo tentam explicar a excitação sexual humana, mas não tem sido fácil. A
excitação varia de acordo com o indivíduo e época. Em outras palavras,
independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero, o que excita
alguém pode não excitar outra pessoa. E isso ainda pode mudar com o passar do
tempo.
Apesar de todos os esforços para descobrir o que excita
os seres humanos, as fontes e variedades de prazer sexual permanecem obscuras.
1. Assistir pornô não afeta seu desejo sexual Você
já deve ter ouvido que a pornografia pode ser destrutiva para os
relacionamentos da vida real. Ou talvez que muita pornografia “acostuma” o espectador
à imagens eróticas e isso torna a excitação mais difícil em situações sexuais
da vida real. E ainda têm os que acreditam que pornô pode causar disfunção
erétil. Bobagem!
Estudos publicados no início deste ano não encontraram
relação entre a visualização de pornografia e disfunção erétil. E mais: outra
pesquisa sugeriu que homens e mulheres com hábito de assistir pornô podem ter
sexo com maior frequência e qualidade em comparação a pessoas que não consomem
pornografia.
2. Homens bissexuais têm uma vida sexual mais
“aventureira” Pesquisas antigas sugeriram que os corpos
dos homens bissexuais respondem mais fortemente a imagens eróticas de homens do
que de mulheres (uma descoberta que contribuiu para o ceticismo injusto e
ultrapassado sobre a bissexualidade ser mesmo uma orientação sexual distinta).
Mas um estudo de 2013 destacou uma característica chave
que pode explicar por que alguns homens bissexuais se excitam mais por mulheres
do que outros: aventuras sexuais. Os que são atraídos igualmente a homens e
mulheres tendem a uma maior curiosidade sexual - em outras palavras, eles
mostram mais interesse em uma ampla gama de atos sexuais.
3. Algumas lésbicas gostam de assistir filme pornô gay
masculino Um grupo de pesquisadores entrevistou lésbicas
sobre suas preferências pornográficas e a maioria delas ignorou os pornôs
lésbicos, alegando muita irrealidade (a maioria dos filmes pornô lésbicos são
claramente feitos por mulheres heterossexuais). Em vez disso, muitas lésbicas
são atraídas por filmes pornôs gay masculino.
A sexóloga Meredith Chivers diz que enquanto os homens
tendem a excitação física somente em resposta a filmes eróticos retratando sua
orientação sexual, as mulheres mostram padrões de excitação semelhante ao
assistir qualquer tipo de pornô, independentemente da sua orientação sexual.
4. O "Viagra feminino" ativa seu cérebro A
droga flibanserin, destinada a tratar o baixo desejo sexual em mulheres, não é
exatamente a versão rosa do pequeno comprimido azul conhecido como viagra. Ao
invés de empurrar o fluxo sanguíneo para os órgãos genitais, flibanserin atinge
os neurotransmissores envolvidos na resposta sexual: dopamina, noradrenalina e
serotonina.
A droga aumenta a quantidade de dopamina e norepinefrina,
que são como aceleradores do cérebro quando se trata de desejo sexual. Ao mesmo
tempo, verifica-se um baixo nível de serotonina, que é responsável pela
inibição.
5. O desejo sexual de transsexuais é alterado no processo
de mudança de sexo Cerca de 71% dos homens transsexuais
relatam um aumento no desejo após a terapia de reatribuição sexual, de acordo
com um estudo de 2014, no Journal of Sexual Medicine. "Homens trans tomam
testosterona, e testosterona aumenta naturalmente o apetite sexual", disse
o professor Stefan Rowniak, da Universidade de San Francisco.
O oposto é verdadeiro. 62% das mulheres transsexuais
entrevistadas dizem que seu desejo sexual diminuiu depois da terapia, muito em
decorrência do tratamento hormonal que regula a produção de testosterona,
responsável pela libido.
6. O nu não necessariamente excita Meredith
Chivers realizou um estudo para provar que o nu não necessariamente excita. Os
participantes do estudo foram expostos a uma ampla gama de estímulos visuais, a
fim de avaliar que tipo de imagens excitam.
Vários filmes foram mostrados, inclusive alguns que
apareciam algum tipo de nudez. Esses filmes mostravam uma pessoa nua solitária
fazendo ioga, ginástica ou simplesmente caminhando. Foram os filmes menos
populares, resultando em uma fraca estimulação sexual.
7. Assexualiade é uma orientação sexual distinta A
ciência finalmente se voltou para os estudos de assexuados. No ano passado,
cientistas, da Universidade de British Columbia, examinaram pessoas que se
declaram assexuais, a partir do seu baixo desejo sexual. Mas essa não é a única
característica de um assexuado.
A assexualidade, assim como a homossexualidade e
heterossexualidade, é uma orientação sexual distinta. Este ano, a mesma equipe
desenvolveu um levantamento de 12 itens que, segundo eles, pode identificar
assexuados. É o chamado Asexuality
Identification Scale, ou AIS (Escala de identificação assexual,
em tradução livre).
8. Zoofilia é a excitação incomum mais comum O
pesquisador Justin Lehmiller fez uma pesquisa com os leitores de seu blog Sex
and Psychology, pedindo-lhes para compartilhar as coisas "mais incomuns"
que os deixam excitados. A pergunta é bem perigosa e culminou em respostas bem
bizarras. A maioria das respostas era sobre atração sexual por animais -
cavalos especificamente.
9. Alimentos afrodisíacos são uma farsa Embora
muitos alimentos sejam apontados como afrodisíacos, existe pouca ou nenhuma
evidência científica de que qualquer um deles de fato aumente o desejo sexual.
A maioria das pessoas que acreditam nos alimentos afrodisíacos provavelmente
apenas experimentou uma mudança no desejo sexual, e isso coincidiu com algum
alimento ingerido recentemente. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Posto desta forma, praticamente qualquer coisa pode ser um afrodisíaco se você
já está excitado.