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Vinte e um países unidos no combate à corrupção. Esse é o
objetivo da campanha #CORRUPÇÃONÃO, realizada pelo Ministério Público Federal
(MPF) em parceria com a Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos
(Aiamp). A ação visa ampliar o debate sobre o combate à corrupção, além de
conscientizar as pessoas sobre o papel do Ministério Público no enfrentamento a
este tipo de crime.
A campanha #CORRUPÇÃONÃO tem foco na internet e busca
atingir, principalmente, jovens de 16 a 33 anos. A ideia é explorar as redes
sociais com o uso das hashtags #CORRUPÇÃONÃO e #CORRUPCIÓNNO. A escolha do
público-alvo levou em conta o potencial mobilizador da rede e da indignação dos
jovens em torno do assunto.
Em Alagoas, instituições parceiras do MPF estão sendo
convocadas a aderir à campanha contra a corrupção nesta sexta-feira (12),
durante solenidade marcada para as 9h30, na sede da Procuradoria da República.
Na ocasião, além do debate acerca do tema, também serão conhecidos os melhores
textos produzidos por alunos da Escola Estadual Dr. Fernandes Lima - convidados
a escrever uma redação a partir de sua ótica. Os estudantes vão compor a mesa
de honra e serão homenageados com a distribuição de brindes.
Segundo o procurador-chefe do MPF em Alagoas, Rodrigo
Tenório, pesquisas recentes da Transparência Internacional apontam que os
jovens são os mais incomodados com a corrupção. “Eles também são os mais
dispostos a encarar as mudanças culturais necessárias ao enfrentamento da
corrupção”, explicou. Ele ressaltou, ainda, que esta é uma oportunidade para
reforçar o papel do Ministério Público brasileiro no combate à corrupção nas
esferas cível, criminal e, ainda, na recuperação de ativos.
Os Ministérios Públicos dos países que integram a Aiamp
têm forte atuação no combate à corrupção. A campanha foi um compromisso do
Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, na gestão como presidente da
associação.
Durante a 22ª Assembleia-Geral da Aiamp, em novembro do
ano passado, no Uruguai, ele apresentou três propostas de campanha
publicitária. Por unanimidade, foi escolhida a opção de declarar "não à
corrupção", considerada a mais adequada em função da visibilidade e
clareza da mensagem.
Engajamento
A campanha, que tem como foco a comunicação digital, tem
um hotsite, uma fanpage no Facebook, conta no Twitter e banners web.
Entretanto, o suporte das mídias tradicionais é fundamental para fortalecer a
mensagem da campanha. Para isso, foram produzidos vídeos e spots de rádio com
duração de um minuto e de 30 segundos, mobiliários urbanos, cartazes e adesivos
de veículos. (Acesse: www.corrupçãonão.mpf.mp.br)
Desvio
de verbas
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) afirma que a corrupção é o maior obstáculo ao desenvolvimento econômico
e social no mundo. A entidade estima que, a cada ano, pelo menos US$1 trilhão
são gastos em subornos, enquanto cerca de US$ 2,6 trilhões são desviados. A
soma é equivalente a mais de 5% do PIB mundial.
A campanha reforça que é preciso dizer 'não' à corrupção,
por menor que ela seja, em todos os lugares: em família, nas ruas, nas
conversas informais. Rodrigo Tenório reforça que o sucesso do movimento
#CORRUPÇAONÃO depende da participação de todos. “É importante destacar que
comportamentos simples como furar fila, falsificar carteirinhas de estudante,
ou subornar um agente de trânsito, por exemplo, também são atos de corrupção.
Nosso objetivo maior é mostrar que a mudança ética em favor da sociedade começa
nas atitudes de cada um”, explica o procurador-chefe do MPF em Alagoas.