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Maceió
12/06/2015 16:51:10

Polícia faz reconstituição de abordagem que deixou agente morto

Polícia faz reconstituição de abordagem que deixou agente morto
Força Nacional participou da reconstituição

gazetaweb //

jonathas maresia e rafael maynart

 

Equipes da Força Nacional iniciaram, na tarde desta sexta-feira (12), à reconstituição da abordagem policial que resultou na morte do agente penitenciário Joab Nascimento de Araújo, de 30 anos, dentro de um bar em Maceió, no último dia 13 de maio. De acordo com o advogado da família, as testemunhas asseguram que a vítima não reagiu à abordagem, como alegam os militares envolvidos na ação. 

“Na investigação, todas as testemunhas são unânimes em afirmar que o agente não reagiu. Eles alegam também que ele estava com as mãos para cima, como recomendável pela polícia”, disse o advogado da família, Roberto Hermenegildo. 

Familiares da vítima acompanham a reconstituição do caso. Com camisas contendo o rosto do agente, eles cobram justiça, já que o caso estaria rodeado de contradições no decorrer da investigação, razão pela qual a Polícia Civil solicitou às equipes da Força Nacional a realização da reconstituição.

Versão dos militares

Já de acordo com o advogado de defesa dos militares, os integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) alegam que o agente apontou uma arma para a guarnição, que revidou imediatamente, deflagrando um disparo de arma de fogo. Eles alegam, ainda, que utilizaram a tática correta, considerada, por eles, de alto risco.

Conforme relato do advogado de defesa, os militares foram abordados por três mulheres quando passavam por uma rua do centro de Maceió, informando-lhes que haviam sido 'tocadas' por dois homens armados e que estariam visivelmente embriagados. Para averiguar a denúncia, eles se dirigiram até o bar informado. 

No local, os policiais do Bope fizeram uso de uma técnica policial denominada “triângulo imaginário”, com um dos militares entrando pela esquerda, um pela direita, e outro pelo centro, todos com armas de fogo em punho. Quando já estavam dentro do bar, eles teriam pedido que todas as pessoas ficassem de pé e colocassem as mãos na cabeça. Nesse momento, o agente teria sacada a arma que portava, apontando-a em direção aos militares, que, então, reagiram.