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the new york times
Um painel do
órgão americano responsável pelo controle dos alimentos e medicamentos no
país (FDA, na sigla em inglês) recomendou a aprovação de uma droga
injetável que pode ajudar a prevenir ataques cardíacos e outras doenças
cardiovasculares ao diminuir o colesterol.
O grupo aprovou
o Praluent, um dos vários remédios que têm como alvo o colesterol LDL, mas
cientistas afirmam que as provas definitivas de que a droga pode reduzir
problemas cardíacos terá de esperar até o final dos testes clínicos, em 2017.
O Praluent
funciona ao bloquear uma proteína chamada PCSK9, que normalmente impede que o
fígado seja capaz de eliminar completamente o colesterol LDL da corrente
sanguínea.
Os testes
mostram que com a nova droga, pacientes reduziram sua taxa de colesterol entre
40 e 65%, mesmo se eles já tomavam remédios que controlam o colesterol,
como o Lipitor. A droga também parece não ter efeitos colaterais significativos
nos pacientes: o FDA investigou se o remédio causa perda de memória ou
delírios, mas ficou satisfeito com as respostas que recebeu.
Em uma
entrevista ao jornal americano The New York Times, o cardiologista
da universidade de Harvard Peter Libby afirma que remédios como o Praluent
representam a "solução ao problema do LDL".
Mas, por causa
da falta de informações conclusivas, a comunidade médica está cautelosa a
respeito do uso da nova droga. Ainda não há estudos sobre a relação direta
entre abaixar o colesterol LDL e a redução do risco de doenças cardíacas.
O Praluent foi
desenvolvido pela Sanofi e a Regeneron Pharmaceuticals. A Amgen também está
lançando outro remédio similar, o Repatha, que será analisado pela FDA ainda
nesta semana. As farmacêuticas afirmam que os medicamentos podem ajudar milhões
de pessoas, mas ainda não falaram o preço que irão cobrar pelas drogas. Médicos
americanos estimam que elas irão custar entre 7 mil e 12 mil dólares por ano
aos pacientes.