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No Brasil são
registradas cerca de 100 mil mortes por Acidente Vascular Encefálico (AVE),
mais conhecido como AVC, anualmente. Este quadro neurológico é o primeiro
colocado nas causas de morte e incapacidade no País, mas com uma prevenção
correta, pode ser reduzido em 90%. Caso ocorra, deve ser diagnosticado
rapidamente com o auxilio da tomografia computadorizada e ressonância magnética
e tratado adequadamente.
De acordo com o
médico Marcelo Canuto, especialista em Neurorradiologia que integra o Corpo
Clínico do Laboratório Exame, os quadros de AVE acontecem frequentemente de
forma aguda e, por isso, são tratados como emergência. “Nestes casos utilizamos
a tomografia computadorizada, pois é um exame extremamente rápido que
identifica com facilidade qualquer sangramento cerebral. É por meio das imagens
deste equipamento que o médico consegue confirmar o quadro e decidir o melhor
tratamento”, explica.
O especialista
afirma que além de detectar o AVE, a tomografia consegue identificar e
diferenciar os dois diferentes tipos do quadro: hemorrágico ou isquêmico. “O
AVE hemorrágico acontece quando há um rompimento do vaso sanguíneo, levando a
uma hemorragia em qualquer local do encéfalo (sistema nervoso contido no
crânio). Já o quadro isquêmico se dá pelo entupimento arterial, muitas vezes
causado pelo acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias, ou por
deformidades nos vasos que são decorrentes de hipertensão e a diabetes”,
identifica o médico.
Diferentes
diagnósticos de imagem
O
Neurorradiologista acrescenta que o segundo caso é o mais comum e é facilmente
diagnosticado com os modernos métodos de diagnóstico por imagem. “A tomografia
computadorizada indica qual é tipo do quadro. Depois de identificado, se o
médico julgar necessário uma investigação mais específica de um AVE isquêmico,
o exame ideal é a ressonância magnética”, esclarece.
O Dr. Marcelo
Canuto destaca a importância de identificar a origem e a extensão do acidente
vascular, dando opções ao médico de escolher o tratamento ideal para o caso
específico. “Cada território encefálico é irrigado por uma artéria muito bem
definida. No exame conseguimos deduzir qual artéria foi comprometida e qual foi
a origem do problema. No caso de uma obstrução por coágulos que migraram do
coração para o cérebro, por exemplo, o médico sabe que é necessário um
tratamento cardíaco além do cuidado neurológico”, conclui.
Sinais do
AVE:
Fraqueza de um
lado do corpo;
Dormência de um
lado do corpo;
Dificuldade
visual;
Dificuldade para
falar;
Dor de cabeça
muito forte e sem motivo aparente;
Incapacidade de
se manter em pé ou forte tontura.
Para evitar o
AVE:
Praticar
exercícios regularmente;
Controle do
peso;
Alimentação
balanceada, evitando o consumo de alimentos com gorduras saturadas e trans;
Não fumar;
Evitar o excesso
de álcool;
Controlar o
estresse;
Se tiver mais de
40 anos, realizar pelo menos uma vez por ano check ups, com controles de
pressão arterial, dosagem de glicose e colesterol no sangue;
Se tiver
diagnóstico de hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto ou qualquer
doença do coração, fazer acompanhamento médico para controle dessas patologias.