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gilca cínara
Com o afastamento
do prefeito de Viçosa, Flaubert Torres Filho (PPL), o atual gestor decretou
situação de emergência nos serviços públicos do município. No decreto publicado
no Diário Oficial do Estado, Manoel Passos Vilela afirmou que a saída de
Flaubert do Poder Executivo inviabilizou o andamento e ultimação dos processos
licitatórios.
O prazo para
situação de emergência ficou estabelecido em 90 dias consecutivos e
ininterruptos de vigência para as compras, e de 180 dias consecutivos para
obras e serviços de quaisquer naturezas. Na sua justificativa, Passos elencou
alguns processos licitatórios com datas expiradas.
O Município deverá
apresentar, no prazo de 10 dias da publicação deste Decreto, plano detalhado de
trabalho, indicando cronograma de atividades de acordo com a urgência das ações
propostas e indicando as vias adequadas para a melhoria do serviço público.
“Os processos
administrativos instaurados com base na declaração de Emergência terão
prioridade de tramitação em relação aos demais eventualmente abertos e aos em
trâmite no âmbito da Administração do Município de Viçosa”, colocou o prefeito
no decreto.
Flaubert Torres foi
afastado do cargo com uma decisão da juíza da comarca de Viçosa, Lorena
Soutto-Maior, após uma representação elaborada pelo Ministério Público Estadual
(MPE/AL) que concluiu uma investigação de que Flaubert
ordenou pagamento de diárias para si próprio na ordem de R$
76.750,00.
Já o secretário
Maxwell Carnaúba, recebeu do Município o valor de R$ 12.200,00. Só
que o grande problema não está na concessão do benefício e, sim, na forma como
ele foi autorizado, haja vista que os dois gestores burlaram a legislação para
receber o dinheiro.
Após analisar todo
o material probatório, constatou-se que houve pagamento irregular para
as viagens que deveriam ter sido realizadas para as cidades de Maceió
(AL), Brasília (DF), Recife (PE), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Belo
Horizonte (MG), Arapiraca (AL), Palmeira dos Índios (AL), Cajueiro (AL), Marechal
Deodoro (AL), Delmiro Gouveia (AL) e Atalaia (AL).
O prefeito afastado
tentou retornar ao cargo com uma ação impetrada no Tribunal de Justiça de
Alagoas, mas teve o pedido negado.