todosegundo //
roberto gonçalves
A Universidade Estadual de
Alagoas – Uneal a mais importante instituição de ensino superior do interior do
Estado com uma história de lutas de 45 anos a serviço da educação vivencia uma
das piores crises no governo Renan Filho (PMDB). O vice-governador e secretário
de Estado da Educação, Luciano Barbosa (PMDB) e os deputados estaduais da
bancada de Arapiraca e região Agreste se aliam a insensibilidade e não se
mobilizam em defesa da instituição.
No
governo anterior de Teotônio Vilela Filho (PSDB) após uma luta dos estudantes
foi realizado o concurso público para o preenchimento das vagas de professores.
O governador Renan Filho fez a nomeação incompleta dos professores aprovados no
concurso. Nomeou apenas 36 professores quando seriam necessários 100. Pra
completar, suspendeu as obras da Uneal em União dos Palmares, fez retenção de
verba de custeio e reduziu a cota de combustíveis da universidade.
Docentes
decidiram no inicio desta semana, durante uma reunião realizada na última
terça-feira (02), adotar indicativo de greve para a próxima quarta (10). O
motivo já vem sendo motivos de protestos desde o mês passado. Inclusive com uma
mobilização na Câmara Municipal de Arapiraca que contou com o apoio dos
vereadores arapiraquenses em favor dos estudantes.
Falta de propostas e indicativo de greve
A falta
de proposta concreta por parte do governador Renan Filho, para solucionar os
problemas da Uneal foi o principal motivo para a decisão dos professores, que
foi realizada em conjunto com as outras categorias de servidores públicos.
De acordo
com o professor Luiz Gomes. "A mobilização cobra reposição salarial,
nomeação dos concursados, a não privatização da Companhia de Saneamento de
Alagoas (Casal), a recuperação do Ipaseal, além da auditoria da dívida do
Estado e a recuperação dos serviços públicos", escreveu ele em seu perfil
pessoal no Facebook.
O
indicativo de greve gerou uma grande discussão entre os estudantes nas redes
sociais, pois aqueles que já estão perto do fim do curso sofreram com uma
paralisação que durou cerca de seis meses, em 2011. Na próxima quarta-feira
(10), várias entidades sindicais realizarão um ato em frente ao Palácio
República dos Palmares em Maceió, e na ocasião os professores da Uneal farão
uma Assembleia para discutir se realmente deflagram greve.
De acordo
com o reitor da instituição, Professor Jairo Campos, a Uneal está funcionando
no limite, pois nos últimos 11 anos, cerca de 114 professores foram perdidos,
devido aposentadoria, morte ou exoneração. Segundo ele, tem cursos contando com
apenas dois professores.