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O Ministério
Público do Estado de Alagoas, por meio da Promotoria de Justiça de São José da
Tapera, deverá oferecer denúncia contra um vereador do município, por estupros
praticados por ele contra uma menina de 13 anos, no final de 2014.
Segundo foi
apurado pelo MP, a vítima, juntamente com um grupo de colegas da sua escola, em
meados do mês de setembro do ano passado, teria procurado o vereador na Câmara
Municipal para pedir um patrocínio destinado à aquisição de material esportivo
que seria utilizado pela sua turma nos jogos escolares. Na ocasião, o
parlamentar determinou que apenas ela entrasse em seu gabinete,
comprometendo-se a atender o pedido dela, mas, em contrapartida, exigiu que a
adolescente mantivesse relações sexuais com ele.
O promotor de
Justiça Luiz Tenório disse que durante as investigações foi apurado que, no mês
de novembro do mesmo ano, após o vereador ter entregado o material esportivo ao
grupo de estudantes, passou a exigir que a adolescente retribuísse o patrocínio
por ele cedido.
“De acordo com a
vítima, todas as vezes que ele a encontrava na cidade, realizava ameaças
inverídicas, até o dia em que determinou que a mesma entrasse em seu carro e a
levou para uma estrada próxima em novembro de 2014, ocasião em que praticou
diversos atos libidinosos com ela. A vítima ainda narrou que só se livrou do
vereador no mês de dezembro, após manter com ele relação sexual, em um campo de
futebol localizado no Centro da cidade de São José da Tapera. Em troca, ela
recebeu uma pulseira que lhe franqueava a entrada no Natal Solidário” da
cidade, um evento artístico que reuniu a apresentação de diversas bandas”,
explicou o promotor.
Ainda no mês de
dezembro/2014, bem como no mês de Janeiro/2015, a adolescente manteve, por duas
vezes, relações sexuais com outro investigado pois ele exigiu que ela
mantivesse relações sexuais com ele, sob a ameaça de tornar público o que
ocorreu entre ela e o vereador, fatos que motivaram a gravidez da adolescente.
Segundo o
Promotor Luiz Tenório, a gravidez da adolescente despertou a desconfiança da
família, que procurou ajuda no Conselho Tutelar de São José da Tapera. O
Conselho encaminhou o caso para o MP e, posteriormente, à autoridade policial,
que concluiu as investigações.
“O crime de
estupro, além de ser um ato violento, depravado, sórdido, repugnante, horrendo
e pavoroso, produz sequelas irreparáveis para as vítimas, principalmente para
as de tenra idade, deixando permanentes traumas psicológicos, inseguranças,
medos e fobias, sendo tais efeitos agravados substancialmente quando do estupro
resulta gravidez”, explicou o promotor.
O MPE/AL deve
solicitar ainda a abertura de processo para investigar a falta de decoro
parlamentar.