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ricardo mota
A declaração foi
feita pelo desembargador Washington Luiz, presidente do Tribunal de Justiça,
esta semana.
Segundo ele,
durante uma visita ao seu gabinete, no TJ, os administradores da massa falida
do Grupo JL afirmaram que gastaram R$ 20 milhões com segurança, principalmente,
no período em que estiveram à frente dos negócios da Laginha.
O magistrado
disse ao blog que indagou aos dois (provavelmente Carlos Franco e Felipe
Olegário, que já renunciaram aos cargos) o que havia sido feito do dinheiro que
o Grupo JL havia recebido da Conab:
– Eles disseram
que gastaram com segurança e alguma coisa com manutenção, porque havia risco de
invasão de propriedades e de depredação. Eu considerei um exagero, e disse:
“Vocês estão brincando com dinheiro”.
O presidente do
TJ contou que conversou com os administradores por duas vezes, uma das quais na
presença do desembargador Tutmés Airan, repetindo a mesma história.
Para o
magistrado, a situação fica ainda mais complicada quando se conhece a situação
de milhares de pessoas que esperam receber o que o Grupo JL lhes deve.
A questão ao que
parece, e levando em conta as denúncias já feitas pelo MP Estadual, deve ter
desdobramentos na Justiça.
Explicação
dos administradores
Em telefonema ao
blog, o advogado Felipe Olegário afirmou que a quantia de R$ 20 milhões
corresponde ao total que o Grupo JL recebeu da Conab. Os recursos, segundo ele,
foram utilizados em vários pagamentos. O item segurança corresponde a um gasto
de R$ 1,8 milhão, garantiu.
O advogado disse
ainda que na próxima semana estará encaminhando ao MP Estadual as explicações
sobre todas as operações realizadas e foram questionadas, agora, na Justiça.
Ele confirmou
que conversou por duas vezes com o presidente do TJ, desembargador Washington
Luiz.