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29/05/2015 16:09:39

Gin O frescor de um clássico

Gin O frescor de um clássico
Ilustração

correiobraziliense //

rafael campos

 

Um dos drinques mais famosos do mundo, o gim tônica, surgiu por um acaso médico. Transferidos para a Índia, antes da sua independência, altos funcionários do Império Britânico eram instruídos a tomar quinino como forma de prevenir a malária. A substância, que é uma das principais componentes da água tônica, tem sabor amargo e foi para aliviar esse gosto que os ingleses decidiram misturá-la com gim.

Essa é somente uma das várias histórias ao redor do gim, uma invenção holandesa do século 17. E, mesmo que não faça tanto tempo que ela tenha entrado no meu catálogo, hoje é uma das minhas bebidas preferidas. "O gim tônica é o coquetel mais fácil de ser recriado, mas o gim permite uma grande quantidade de combinações", explica Nicola Pietroluongo, embaixador do portfólio de luxo da Diageo.

De acordo com ele, a bebida representa a época de ouro dos destilados na Europa. "Ele era consumido por estrelas, como Ella Fitzgerald. Ele é um dos símbolos do século 20", resume. E, claro, continua essa fama nos anos 2000. Nicola acredita que as experiências dos bartenders em criar outras formas de consumir o gim garantiram uma nova fase para o produto. "Hoje, ele não é tomado somente em coquetéis secos, mas também em frutados, aproveitando seu aroma."

E foi pensando nisso que o Tanqueray nº ten, o gim mais premiado do mundo, de acordo com o Hall of Fame do San Francisco World Spirits Competition, decidiu avançar além do terreno da coquetelaria seca. "Queríamos inovar, buscando novas qualidades no destilado, e perguntamos aos barmen o que faltava", observa Nicola. Além disso, a garrafa ganhou traços art déco, bem anos 1920. Mas, apesar de bonita, ela não deve ser tratada apenas como objeto de arte. "Se você comprou uma, deguste o gim e guarde-a como souvenir. Uma garrafa cheia não serve para nada", finaliza Nicola.