30/09/2025 14:55:57

Maceió
14/05/2015 09:38:56

Morre no HGE agente penitenciário baleado em bar no Centro

Morre no HGE agente penitenciário baleado em bar no Centro
Bope ficou na porta do bar durante certo tempo

gazetaweb //

tiago gomes

 

Morreu, no começo da manhã desta quinta-feira (14), no Hospital Geral do Estado (HGE), onde estava internado, o agente penitenciário Joab Nascimento de Araújo Júnior, de 30 anos, que foi baleado, no fim da tarde dessa quarta-feira (13), dentro de um bar localizado no centro de Maceió. A informação foi repassada pelo próprio pai da vítima, Joabi Nascimento de Araújo, em entrevista à Rádio Gazeta.

O pai disse que recebeu, do setor de Serviço Social do HGE, a confirmação de que o filho faleceu às 5h40 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Joab Júnior chegou a ser submetido a uma cirurgia para retirada da bala, mas não resistiu à gravidade.

Pela versão da Polícia Militar, relatada pelo Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods), Joabi foi abordado pela guarnição do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e teria reagido, sacando uma arma de fogo em direção aos militares. Consta no relatório que a guarnição reagiu e disparou um tiro de pistola Ponto 40 e que atingiu a vítima na região do abdômen.

Ainda conforme a polícia, Joab estava acompanhado de outro agente penitenciário no momento da abordagem. Josiel Dias da Silva, de 39 anos, foi preso e levado para o Complexo de Delegacias Especializadas (Code), da Polícia Civil de Alagoas, no bairro de Mangabeiras. A PM informa que os dois estavam armados (com um revólver e uma pistola, ambos municiados). O armamento foi apreendido e, da mesma forma, levado para o Code.

De acordo com o relatório do Ciods, um dos agentes ainda teria ameaçado Maria Aparecida Lourenço da Silva, de 57 anos, residente no bairro da Levada. 

Pela versão do pai, o filho não reagiu à revista do Bope e a atitude de atirar, por parte dos militares, não foi justificada. Revoltado, Joab (o pai) cobrou melhor investigação em torno do caso e apoio por parte de entidades ligadas aos Direitos Humanos. Ele relata que o filho gostava de beber com os amigos, mas que não era violento. A vítima era casada e deixa dois filhos (um de oito e outro de seis meses).