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neide brandão
O Hospital Geral do Estado (HGE), referência para os atendimentos de
alta complexidade em Alagoas, elaborou uma estatística com o levantamento dos
20 municípios que mais encaminharam pacientes para a unidade hospitalar em
2014, com exceção da capital. De acordo com o Serviço de Arquivo Médico e
Estatístico (Same), Rio Largo ocupou a primeira colocação, com 669 pacientes;
seguido por Marechal Deodoro, com 544, e por União dos Palmares, com 491.
Na sequência, aparecem Pilar, São Miguel dos Campos, São Luiz do
Quitunde, Matriz de Camaragibe, Porto Calvo, Murici, Boca da Mata, Teotônio
Vilela, Joaquim Gomes, Messias, Cajueiro, São José da Laje, Barra de Santo
Antônio, Passo do Camaragibe, Paripueira, Flexeiras e Santa Luzia do Norte.
Ainda de acordo com o relatório da Same, o HGE atendeu 117.464 pacientes da
capital e 36.621 do interior.
Incidência
Desse total, foram 107.790 atendimentos ambulatoriais de Maceió e 27.930
dos 101 municípios do interior. No que diz respeito à internação, o hospital
registrou 9.634 pacientes internados do município de Maceió e 8.691 dos outros
municípios. E de acordo com os prontuários médicos, as maiores causas de
atendimento foram os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), as fraturas e a
pneumonia.
A situação evidencia um equívoco no perfil dos pacientes oriundos do
interior e que procuram o HGE. Isso porque, enquanto a unidade deveria atender
casos de traumas, acaba recebendo pacientes com outras patologias, a exemplo
dos problemas cardiovasculares, como ficou constatado no levantamento realizado
pelo Same. “No entanto, mesmo não sendo pacientes que se enquadram no perfil do
HGE, por apresentarem quadros clínicos, nenhum deles fica sem atendimento,
porque somos um hospital porta aberta”, salientou a diretora, Verônica Omena.
Com relação aos custos para tratamento deste pacientes – que deveriam
ser atendidos em outras unidades – 57% dos recursos investidos são destinados à
realização de cirurgias, segundo a coordenadora do Same, Eliane Mendonça.
"Já 39% são destinados para tratamento de pacientes com casos clínicos e
4% para o tratamento pediátrico. No quesito faixa etária, os atendimentos a
pacientes do interior são efetuados, em sua maioria, a adultos",
salientou.