O oficial da
Justiça Federal, Jeomar Carvalho Costa, de 64 anos, que era considerado
foragido da polícia, foi preso, na manhã desta terça-feira, 28, por
policiais da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic).
Jeomar foi
condenado pelo crime de estupro em dezembro de 2014 após o processo
se arrastar na Justiça por 15 anos. Ele é apontado ainda como dono de um motel
na orla lagunar, que era utilizado por uma rede de prostituição.
De acordo com
informações do delegado Ronilson Medeiros, da Divisão Especial de
Investigações e Capturas (Deic), o caso aconteceu no ano de 1999 e o inquérito
policial aponta que o acusado aliciava menores de idade e levava à sua
residência na Barra de Santo Antônio para participar de ‘festinhas
particulares’.
“O processo diz
que ele levava meninas entre 13 e 15 anos à sua casa e fazia festinhas. As
garotas eram pagas por isso. Durante todo este tempo, Jeomar conseguiu
responder o processo em liberdade. No ano passado, saiu a sentença final e ele
foi condenado a 10 anos de prisão. Após a decisão da Justiça, Jeomar conseguiu
uma procuração passando tudo para o nome da filha e depois fugiu”, contou
Ronilson Medeiros.
Ainda conforme
informações do delegado, para continuar recebendo o salário de oficial de
justiça, o acusado precisava realizar uma atualização cadastral na Justiça
Federal para comprovar que estava vivo.
No momento em
que o acusado chegou a sede da Justiça Federal para realizar os procedimentos
administrativos, a Polícia Civil já o esperava com o mandado de prisão. Ele
foi preso e encaminhado à sede da Deic, onde foi ouvido pelo delegado
Ronilson Medeiros.
Em conversa com
a imprensa, Jeomar Carvalho disse ser inocente e acusou às vítimas de manipular
as informações para se defender da acusação de roubo. “É uma falsidade o que
fizeram comigo. Essas meninas assaltaram a minha casa e para se defender
contaram esta história. Inclusive, na época, foram encontrados objetos fruto do
roubo com elas e o inquérito foi aberto. Mas, o caso prescreveu”, informou
Jeomar.
Ele passará pelo
exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal e em seguida será levado à
Casa de Custódia da Polícia Civil.