Segurança pública: secretário afirma que só em abril 48 vidas foram preservadas

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maria barreiros

“Só em abril estamos preservando 48 vidas. O que significa a redução em todo o Estado de até 30% em 22 dias. De janeiro até aqui, 140 vidas foram preservadas.” A afirmação é do secretário de Estado da Defesa Social e Ressocialização (Sedres), Alfredo Gaspar de Mendonça, durante entrevista à TV Mar esta semana.

Gaspar reforçou que existem três vertentes prioritárias a serem combatidas na sua gestão: tráfico de drogas, roubo patrimonial e a preservação da vida. O último ponto vem sendo motivo de estímulo para o secretário e toda a corporação.

O secretário disse que as ações têm resultado em índices positivos e números que refletem a prioridade do governador Renan Filho em ter uma polícia integrada, ações de inteligência nas ruas, garantindo, assim, a diminuição da violência em Alagoas, como há muito tempo não existia.

Para ele, acrescenta, a segurança pública é uma das áreas mais difíceis de lidar. “Em Alagoas se mata por muito pouco, a juventude principalmente. Essa geração perdeu o limite, perdeu a noção do certo e errado. Precisamos trabalhar com a prevenção, mas precisamos atuar no foco. A violência acontece com uma velocidade muito grande,” ressaltou.

Peculiaridade

De acordo com pesquisas, Alagoas diferentemente de vários estados do Brasil, tornou-se um grande consumidor de crack.  Em São Paulo e no Rio de Janeiro, o consumidor de crack está se tornando consumidor de cocaína. “Essa substituição gera menos violência, por incrível que pareça. Isso porque a pedra do crack gera uma violência muito maior. Ela gera ações de morte frequente e muito rápida. Enquanto as outras ações de segurança não chegam, precisamos atuar,” reforçou o secretário.

Gaspar disse ainda que falta muita gente ser presa e que a impunidade não será regra. “As polícias estão trabalhando dentro da legalidade, mas de forma firme. A polícia está buscando mais os bandidos, porém os crimes acontecem repentinamente. Para tanto é preciso estar preparado para tudo. O criminoso tem que saber que o Estado tem uma força policial para dar a resposta necessário.

Crime por região

O secretário informou também que cada região tem uma particularidade. O Agreste tem se tornado a porta de entrada de substâncias entorpecentes e armas. E lá também, segundo ele, que têm se formado quadrilhas de roubo a bancos, veículos e a estabelecimentos comerciais, o que causa temor à comunidade.

“Por isso colocamos um helicóptero com base permanente lá.”

Já a Região Norte sobressai pelos índices de tráfico de drogas e o Sertão registra crimes como tráfico de drogas e crimes patrimoniais financeiros. Em relação à capital e região metropolitana ainda existem altos números de homicídios, tráfico de drogas e crimes patrimoniais.

“Cada região tem uma especificidade. Estamos trabalhando nas áreas específicas. Algumas demandam uma averiguação dos fatos, o que demora. E outras não precisam esperar. É isso que temos buscado: sufocar o crime,” finalizou o secretário.