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lívia leão
O dono da fábrica de
fogos de artifício que explodiu na cidade de Ibateguara, na Zona de Mata de
Alagoas, pode responder por cinco crimes. O inquérito policial foi concluído e
entregue ao Ministério Público de Alagoas (MP/AL) nesta quarta-feira (22).
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Igor Diego, a Polícia Civil
pede o indiciamento de Ediberto José da Silva por homicídio qualificado, lesão
corporal grave, pelos crimes previstos no artigo 242, do Estatuto da Criança e
do Adolescente -por entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente
explosivos.
Além desses, Ediberto por ser indiciado pelos crimes previstos no artigo 56 da
Lei dos Crimes Ambientais - por possuir artefato explosivo ou incendiário sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar -; além de
comercializar produto perigoso ou nocivo à saúde humana ou ao meio ambiente, em
desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos.
O MP deve agora analisar o inquérito e, caso seja condenado, a pena pode chegar
a 51 anos de reclusão.
O caso
A explosão na fábrica de fogos clandestina, no dia 25 de março, deixou uma
pessoa morta e outra ferida. Diógenes Jorge da Silva, de 31 anos, teve uma das
pernas amputadas durante o incêndio, não resistindo aos ferimentos, morreu ao
chegar ao Hospital São Vicente de Paula, em União dos Palmares.
Já o adolescente D.P.S. foi levado, minutos após a explosão, para a Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) de Ibateguara e, posteriormente transferido para o
HGE, onde segue internado.