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As
divergências entre Argentina e Grã-Bretanha por conta das Ilhas Malvinas
ressurgiram publicamente esta semana quando Buenos Aires anunciou que vai
processar cinco companhias petrolíferas, incluindo três britânicas, por causa
de operações de perfuração em águas vizinhas ao arquipélago.
Conhecidas
fora da América do Sul como Ilhas Falkland, o território desde o século 19 está
sob controle britânico, mas a Argentina há décadas reivindica soberania e em
1982 invadiu as ilhas, deflagrando a Guerra das Malvinas.
O anuncio da
medida judicial contra as explorações marítimas foi feito em Londres na
sexta-feira pelo representante do governo argentino para assuntos das Malvinas,
Daniel Filmus. Ele alega que a extração de petróleo viola não apenas os
direitos territoriais do pais, mas também iria contra resoluções da ONU.
Porem o
ministro britânico da Relações Exteriores, Phil Hammond, classificou a decisão
do governo argentino de "bullying". E afirmou que os habitantes das
Malvinas, em sua grande maioria descendentes de britânicos, tem o direito de
promover o desenvolvimento econômico da região. Hammond pediu a Argentina aja
com mais responsabilidade.
Em tese a
legislação argentina não se aplica às Malvinas. Especialistas veem poucas
chances de sucesso de Buenos Aires nos tribunais. Mas o fato é que as Malvinas
voltam a causar tensões entre argentinos e britânicos.