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severino carvalho
A pistola calibre PT-380, encontrada com o
adolescente Ezequiel José Lima da Silva, 14 anos, morto a tiros no confronto
com a Polícia Militar (PM) na manhã desta terça-feira (7), em Matriz do
Camaragibe, é a arma subtraída do sargento da Polícia Militar de Alagoas, José
Luiz da Silva, 46, assassinado em dezembro do ano passado.
A informação foi confirmada pelo comando da
operação desencadeada nesta madrugada com objetivo de prender Manoel Antônio da
Silva Filho, 22 anos, conhecido como “Toinho da Matriz”, acusado de ter
assassinado o militar a tiros com a própria arma do policial.
Ezequiel morreu no confronto com as guarnições do
6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM) e do Grupo Estadual de Combate às
Organizações Criminosas (Gecoc), que participam da operação. Os policiais
apreenderam, além da pistola PT-380, um revólver calibre 38, que estava com
José Manoel da Silva, 20, irmão de Toinho da Matriz.
“Teté”, como era conhecido, também morreu no
confronto com os policiais militares, nesta manhã. Ele portava o revólver
calibre 38 com quatro das seis munições deflagradas. Segundo a PM, Teté
comandava o tráfico de entorpecentes em Matriz do Camaragibe.
Foram presos ainda o ajudante de pedreiro Wendel da
Silva Lourenço, 18, e o cozinheiro Antônio Pedro da Silva, 51. O adolescente
Ezequiel estava na casa do cozinheiro, na companhia deste e de Wendel, quando
os policiais chegaram ao endereço, que funcionaria como “boca de fumo”.
O adolescente portava a pistola que pertencia ao
sargento e recebeu os policiais a tiros. Eles revidaram e Ezequiel foi
atingido. Segundo o comando do 6°BPM, o adolescente atuava como segurança de
Toinho da Matriz que é acusado de assaltos e tráfico de drogas.
Na residência, foram apreendidas cerca de 50 gramas
de maconha. Uma adolescente, prima de Toinho da Matriz, também foi apreendida
durante a operação. Ela portava munições.
Os 30 policiais do 6º BPM e do Gecoc continuam
mobilizadas desde às 4 horas da madrugada em busca de Toinho da Matriz, que
permanece foragido.
Ele é acusado de matar o sargento PM após uma
discussão em frente a um bar no centro da cidade, em dezembro do ano passado.
Em meio à luta corporal, Toinho teria conseguido subtrair a arma do militar,
executado em seguida.