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A morte de uma prestadora de serviços do Presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, desencadeou uma ‘guerra’ de troca de acusações envolvendo a família da mulher, a direção do Sindicato dos Agentes Penitenciários, (Sindapen), e a Superintendência Geral do Sistema Penitenciário, (Sgap).
Maria Sônia da Silva, 50, morreu durante a madrugada de domingo, (5), na Unidade de Terapia Intensiva, (UTI) do Hospital Helvio Auto, (HHA), localizado no bairro do Trapiche da Barra, região Sul de Maceió.
Segundo a família de Maria Sónia, internada no HHA na noite de sábado, (4) e morrendo cerca de três horas após, a causada da morte foi leptospirose, apesar do Serviço de Verificação de Óbitos, (SVO), ainda não divulgar o laudo oficial. O SVO também aguarda resultado dos exames para se confirmar a versão dos parentes.
A assessoria de imprensa do hospital informou que Maria Sônia já havia procurado o hospital na última quinta-feira, (1º), com suspeita da doença, mas por conta da falta de vagas na UTI, ela foi encaminhada para o Hospital Geral do Estado, (HGE).
A família diz que enquanto ela estava no HGE seu quadro clinico piorou sendo necessário ser transferida para o HHA.
A versão de que a prestadora de serviços teria contraído leptospirose após comer na cozinha do presidio seria desconhecida pela direção da Sgap, que conforme nota de sua assessoria de comunicação a informação só poderá ser esclarecida apenas nesta segunda-feira, (6).
Um dos representantes do Sindapen, Alan Leite relatou a imprensa que Maria Sónia havia alertado os colegas que teria visto um rato entre os pães distribuídos para reeducandos e servidores do Baldomero. Ela teria confirmado a mesma história para a família ao chegar em casa.
Alan confirmou que são comuns relatos de servidores que veem ratos, insetos e larvas nas comidas que são servidas nas cozinhas dos presídios e que o Sindicato já oficializou as denúncias, porém a direção da Sgap ignorou os alertas.