terra /
saulo cavalcanti
Você sabe o que é sarcoma?
Esse é um tipo
de tumor que compreende 0,7% de todas as doenças
malignas. A idade média de
doentes com o problema é de 45 anos. O sarcoma é predominante
em adultos jovens, tanto homens
com mulheres.
A célula de origem determina
a classificação do sarcoma. Os
mais frequentes são os fibrosarcomas, liposarcomas, histiocitomas fibrosos malignos
e os sinoviosarcomas.
O tumor pode afetar qualquer área que tenha tecidos moles (cartilagem, gordura, músculo, vasos sanguíneos e
tecido conjuntivo ou de sustentação). Segundo informações do Sarcoma Oncology Center dos Estados
Unidos, em 60% das vezes, o problema ocorre em membros superiores ou
inferiores.
Causa do sarcoma
A maioria dos tumores não possui causa
definida. O que se sabe até o momento é que a exposição ocupacional a
agentes químicos com torotraste, cloreto de vinyl e arsênico estão
associados a tipos específicos dessas doenças.
Em outros casos, alguns
herbicidas também estão relacionados ao sarcoma. A exposição à radiação também pode ser associada a esse
tipo de tumor, assim como linfedema crônico. As complicações tardias da
radioterapia incluem tumores dos ossos e, em menor extensão, dos tecidos
moles.
A questão genética também
influencia
no desenvolvimento da doença. Doenças hereditárias raras aumentam o
risco, incluindo a neurofibromatose, esclerose tuberosa, síndrome de Gardener,
e a síndrome de Li-Fraumeni. Na maioria dos casos, não se identifica uma causa
específica.
Sinais do sarcoma e seu enfrentamento
Os sintomas desse tipo de câncer variam conforme o tumor, os locais, se
há dor ou limitação de movimento.
Outra característica dessa doença é a disseminação pela corrente sanguínea,
especialmente para os pulmões.
O diagnóstico é feito com auxílio de exames de RX, ecografia, tomografia ou ressonância magnética, mas
não é só isso, pois depende de biópsias do tumor com estudos de
imuno-histoquímica, que são corantes utilizados pelos patologistas para definir
origem do tumor e definir prognóstico.
O tratamento é feito com a retirada
cirúrgica, que pode ser seguida ou precedida de quimioterapia e
radioterapia, dependendo do tipo e localização. O mais importante é que
seja tratado em um centro de oncologia, com profissionais
experientes nessa doença e de maneira multidisciplinar.
Os doentes com sarcoma
localizado (estágio I) têm 80% de
chance de cura. Entretanto, como a doença é disseminada, somente 10%
estarão vivos em cinco anos. Nas recorrências, 80% das vezes ocorre nos
primeiros dois anos de evolução.
Prevenção do tumor
A maioria dos casos não é
passível de prevenção. De qualquer forma, é importante evitar exposição
a agentes tóxicos e radiação. Pacientes com predisposição genética deverão ser
acompanhados.
Uma das grandes preocupações dos
pacientes é quanto à possibilidade de a doença reaparecer. Embora não
seja possível garantir que não vai voltar, algumas medidas podem ajudar a
reduzir esse risco.
Entre essas medidas, estão o
ajuste da alimentação, o exercício físico e parar de fumar ou usar
qualquer tipo de droga, Aliás, essas medidas ajudam não só a evitar o
risco de um novo câncer, como também a aumentar o tempo de vida, mesmo dos
pacientes que já têm metástase.