gazetaweb //
jamylle bezerra
O estado de saúde do jovem D.P.S., de 16 anos, que teve 57,5% do corpo
queimado após a explosão de uma fábrica de fogos clandestina em Ibateguara,
ainda é considerado grave. De acordo com a assessoria de comunicação do
Hospital Geral do Estado (HGE), ele deve passar por um novo procedimento
cirúrgico ainda nesta terça-feira (31).
O adolescente continua internado no setor de queimados da unidade de saúde.
Consciente, ele vem apresentando uma evolução no quadro, mas ainda inspira
muitos cuidados médicos. “Hoje ele está em jejum porque vai fazer uma
cirurgia”, informa o hospital.
Na última quinta-feira (27), o jovem passou por um procedimento cirúrgico
conhecido como desbridamento, que consiste na retirada dos tecidos mortos nos
locais em que houve lesão. No mesmo procedimento, os médicos fizeram o enxerto
de pele, retirando o material das áreas que não foram atingidas.
O acidente do qual ele foi vítima aconteceu no último dia 25, na zona
rural de Ibateguara. Além do adolescente, outra pessoa que também estava no
local, Diógenes Jorge da Silva, de 31 anos, teve uma das pernas amputadas, mas
não resistiu aos ferimentos e morreu ao chegar no Hospital São Vicente de
Paula, em União dos Palmares.
Apesar dos rumores de que diversas fábricas clandestinas de fogos funcionam no
interior de Alagoas, o Exército – responsável por fiscalizar o manuseio de
fogos de artifício – diz não ter recebido nenhuma denúncia da existência de
estabelecimentos irregulares.
“Até o presente momento, não temos nenhuma denúncia de fábricas ou
estabelecimentos irregulares que estejam produzindo fogos de artifícios e/ou
artifícios pirotécnicos. É importantíssimo que a população denuncie à polícia
quando souber da existência desses estabelecimentos”, informou o Exército.