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O
Ministério Público do Trabalho (MPT) está investigando a explosão na fábrica
clandestina de fogos de artifício no município de Ibateguara, Zona da Mata do
Estado, que aconteceu na última quarta-feira (25). A informação foi divulgada
nesta sexta-feira (27)
De
acordo com MPT, o procurador Rodrigo Alencar encaminhou à Superintendência
Regional do Trabalho de Alagas, ainda esta semana, um ofício pedindo o
relátorio detalhado sobre o acidente, que possa ser anexado ao processo de
investigação.
Ainda
segundo o orgão, a função do MPT é apurar o acidente nas condições
trabalhistas, ao contrário da Polícia Civil que vai remeter à Justiça um
inquérito mais amplo sobre o que teria acontecido no dia da explosão.
Na
última quinta-feira (26), a Polícia Civil de Alagoasdivulgou a informação de
que já identificou o dono da fábrica. De acordo com o escrivão da delegacia,
Igor Jefesson, o inquérito está quase concluído.
Segundo
o escrivão, o dono da fábrica, que não teve o nome divulgado para não
atrapalhar as investigações, ainda não foi intimado para depor. “A polícia
trabalha com a ideia de que a explosão ocorreu por conta de uma faísca. Mas
tudo será investigado e nos próximos dias divulgaremos mais detalhes”, afirma.
O
escrivão disse ainda que as testemunhas ainda serão ouvidas para que o
inquérito possa ser concluído. “Infelizmente uma pessoa morreu e um adolescente
está em estado grave. O lugar funcionava de forma clandestina”, diz.
De
acordo com o Corpo de Bombeiros (CB), a explosão ocorreu em uma casa onde
funcionava uma fábrica clandestina de fogos de artifício. Parte do telhado do
local caiu sobre as vítimas após o acidente.
Diógenes
Jorge da Silva, 32, era um dos trabalhadores que estavam no local. Ele era
casado e tinha uma filha de 4 anos. Silva chegou a ser socorrido, mas morreu a
caminho do hospital São Vicente de Paulo, no município de União dos Palmares.
O
Exército Brasileiro, responsável por fiscalizar as fábricas de fogos de
artifício, informou em nota que em todo o estado não há fábricas desse tipo com
registro ativo.
O
comando alertou que, se alguém estiver fabricando fogos de artifício dentro de
Alagoas, estará cometendo crime previsto na Lei 10.826, conhecida como
"lei de desarmamento", sob pena de quatro a oito anos de prisão e
multa.
Adolescente
continua em estado grave
O
adolescente de 16 anos, vítima da explosão em Ibateguara continua internado em
estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE). De acordo com a assessoria de
comunicação do HGE, o seu quadro de saúde é crítico. Ele teve 57% do corpo
queimado.
Os
membros mais afetados foram a cabeça, os braços e as pernas. Ele recebeu os
primeiros socorros na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, e
depois foi levado por um helicóptero do Corpo de Bombeiros para ser atendido no
Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HGE.