todosegundo //
minha v ida – dra. alessandra rascovski gobbi
Quando ouvimos a
palavras gordura, a primeira coisa que nos vem à cabeça é como nos livrar dela.
Mas você sabia que há basicamente 2 tipos?
A gordura visceral é também chamada de intra-abdominal porque está na região
interna do abdômen, próxima aos órgãos vitais: fígado, intestino, pâncreas,
rim, coração e vasos. É a ela que devemos temer, já que está associada com
maior risco de diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e metabólicas,
inclusive alguns estudos mostram associação com demência e algumas doenças
ósseas.
Com uma simples fita métrica podemos descobrir se estamos "em
perigo". Mulheres com cintura acima de 80 cm e homens acima de 90 cm já
devem tomar uma atitude em relação aos hábitos alimentares e atividades
físicas, lembrando que também conta a influência genética sobre o local em que
a gordura se deposita.
As células de gordura estão constantemente enchendo e esvaziando seu conteúdo e
quando esvaziam liberam ácidos graxos e glicerol na corrente sanguínea e estes
podem se depositar nas artérias promovendo doenças coronárias.
A gordura subcutânea é a que fica sob a pele afetando menos os órgãos internos.
É o terror estético, principalmente das mulheres já que adoram se apossar dos
nossos culotes e abdômen, formando os famosos "pneuzinhos". Também se
localizam nos braços e pernas.
A lipoaspiração é o sonho de muitas pessoas, mas não deve ser encarado como
substituto para a dieta saudável e vida ativa ou tratamento de obesidade, já
que não afeta a gordura visceral e a indicação adequada é para tratar gordura
localizada.
Ainda há estudos demonstrando que pacientes submetidas à lipoaspiração de
gordura superficial da barriga, que permanecem sedentárias após o procedimento,
apesar de ganharem o abdômen chapado, apresentam ganho de gordura visceral.
Isto provavelmente ocorre por um deslocamento das gorduras das células
superficiais, logo abaixo da pele, que foram destruídas, em direção a células
de gordura visceral que permanecem intactas.