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Alagoas
26/03/2015 16:11:08

Portador de Malária trazido de Moçambique se chama Agildo Pereira e é filho de União dos Palmares

Portador de Malária trazido de Moçambique se chama Agildo Pereira e é filho de União dos Palmares
Ilustração

muncipiosalagoanos //

 

Um recente levantamento do Ministério da Saúde apontou que todos os municípios alagoanos têm os mosquitos transmissores da malária, mais conhecidos como Anoplopes. O tema voltou à discussão após constatar que Agildo Pereira de Araújo, de 34 anos foi diagnosticado com malária. Ele havia chegado de viagem da África e, em seguida, foi internado no Hospital Escola Hélvio Auto, em Maceió. O estado de saúde dele é gravíssimo. 

 De acordo com o biólogo Carlos Fernando, o levantamento foi realizado a pedido do Ministério da Saúde. Os dados servem de parâmetro para as ações de combate à malária. Segundo Carlos Fernando, em tese, para que haja a transmissão em cadeia basta que os mosquitos tenham contato com qualquer paciente infectado com malária. “O princípio de transmissão é o mesmo da dengue”, esclareceu ele. 

 Apesar de os municípios apresentaram o mosquito com capacidade de transmissão, o biólogo disse que por algum motivo - ainda sem explicação - a malária não se desenvolve em Alagoas. De acordo com a Secretaria de Saúde de Alagoas, nos últimos 10 anos, a média foi de 8 casos por ano no estado, todos importados, a maioria oriunda do continente africano e da região amazônica no Brasil, regiões onde a doença é endêmica.

 Agildo Perreira, que é natural da cidade de União dos Palmares, trabalhou, até o último mês de fevereiro, em Moçambique, na África, retornando para o Brasil no dia 19 de março. Posteriormente, apresentou os primeiros sinais da doença, sendo internado na referida unidade de saúde somente no último dia 21.

 A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários e transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anoplopes. Apresenta cura se for tratada em tempo oportuno e adequadamente. Está presente em mais de 80 países, a grande maioria localizada na faixa tropical dos países africanos (localizados abaixo do Deserto de Saara).

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau)alerta ser fundamental diagnosticar e iniciar o tratamento correto na fase inicial da doença, podendo fazer a diferença entre a vida e a morte. Essa medida além de evitar a evolução do quadro para formas graves, diminui a possibilidade da ocorrência de novos casos, principalmente em áreas com a presença do mosquito e com registro de transmissão.