muncipiosalagoanos
//
Um recente
levantamento do Ministério da Saúde apontou que todos os municípios alagoanos
têm os mosquitos transmissores da malária, mais conhecidos como Anoplopes. O tema voltou à discussão após constatar que
Agildo Pereira de Araújo, de 34 anos foi diagnosticado com malária. Ele havia
chegado de viagem da África e, em seguida, foi internado no Hospital Escola
Hélvio Auto, em Maceió. O estado de saúde dele é gravíssimo.
De
acordo com o biólogo Carlos Fernando, o levantamento foi realizado a pedido do
Ministério da Saúde. Os dados servem de parâmetro para as ações de combate à
malária. Segundo Carlos Fernando, em tese, para que haja a transmissão em
cadeia basta que os mosquitos tenham contato com qualquer paciente infectado
com malária. “O princípio de transmissão é o mesmo da dengue”, esclareceu
ele.
Apesar
de os municípios apresentaram o mosquito com capacidade de transmissão, o biólogo disse
que por algum motivo - ainda sem explicação - a malária não se desenvolve em
Alagoas. De acordo com a Secretaria de Saúde de Alagoas, nos últimos 10 anos, a
média foi de 8 casos por ano no estado, todos importados, a maioria oriunda do
continente africano e da região amazônica no Brasil, regiões onde a doença é
endêmica.
Agildo
Perreira, que é natural da cidade de União dos Palmares, trabalhou, até o
último mês de fevereiro, em Moçambique, na África, retornando para o Brasil no
dia 19 de março. Posteriormente, apresentou os primeiros sinais da doença,
sendo internado na referida unidade de saúde somente no último dia 21.
A
malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários e
transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anoplopes. Apresenta cura se for
tratada em tempo oportuno e
adequadamente. Está presente em mais de 80 países, a grande maioria localizada
na faixa tropical dos países africanos (localizados abaixo do Deserto de Saara).
Por
meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau)alerta
ser fundamental diagnosticar e iniciar o tratamento correto na fase inicial da
doença, podendo fazer a diferença entre a vida e a morte. Essa medida além de
evitar a evolução do quadro para formas graves, diminui a possibilidade da
ocorrência de novos casos, principalmente em áreas com a presença do mosquito e
com registro de transmissão.