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larissa bastos
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) identificou o dono da fábrica de
fogos de artifício que explodiu na tarde desta quarta-feira (25), na cidade de
Ibateguara, na Zona de Mata de Alagoas. Uma pessoa morreu e outra ficou ferida
no acidente. O inquérito foi instaurado e segue em segredo para não atrapalhar
as investigações.
Segundo o escrivão do Distrito Policial, que se identificou apenas como Igor, o
proprietário ainda não foi intimado para depor e o nome dele não deve ser
divulgado nos próximos dias. O agente também destacou que a tese inicial da PC
é a de que a explosão tenha sido ocasionada por uma faísca.
“Foi um acidente mesmo, mas a fábrica funcionava de maneira clandestina. Era um
local cheio de pólvora e acreditamos que uma faísca tenha causado tudo”, disse
o escrivão, acrescentando que, como o espaço era ilegal, os funcionários
trabalhavam sem equipamentos de proteção.
A explosão aconteceu no início da tarde de quinta e um jovem de 16 anos,
identificado como D.P.S., foi levado em estado grave Hospital Geral do Estado
(HGE), em Maceió, onde está internado no setor de queimados com 57,5% do corpo
feridos devido às chamas.
Outra pessoa que também estava no local, Diógenes Jorge da Silva, de 31 anos,
teve uma das pernas amputadas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao
chegar no Hospital São Vicente de Paula, em União dos Palmares.
O helicóptero do Corpo de Bombeiros (CBM) chegou a ser enviado ao município
para prestar socorro, mas a vítima já havia morrido. "Ele chegou a ser
atendido, mas o estado de saúde era bastante delicado. Infelizmente ele não resistiu
e morreu minutos após dar entrada na unidade hospitalar", informou um
atendente do hospital.
A fábrica funcionava na zona rural de Ibateguara e o caso é acompanhado pelo
delegado Igor Diego. Ano passado, durante uma fiscalização em Ibateguara, integrantes
do Exército Brasileiro informaram que dez fábricas de fogos de artifício
tiveram as licenças de funcionamento canceladas por irregularidades.