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O Ministério Público de Alagoas informou, nesta terça-feira (17), que
denunciou o prefeito da cidade de Viçosa, Flaubert Torres Filho (PPL), pelo ato penal de
apropriação indébita e outros crimes.
O gestor está sendo acusado
de causar prejuízo ao Regime Próprio de Previdência Social do Município em
quase R$ 500 mil. Por conta disso, a promotoria pede à Justiça a perda do cargo
de prefeito e a indisponibilidade dos bens de Flaubert Torres. A denúncia foi
apresentada no último dia 10.
A reportagem do G1 entrou em contato
com o prefeito, que alegou não ter problema algum com o Ministério ou com a
Previdência. Também disse que as contas da prefeitura estão em dia.
"Realmente não repassei o dinheiro no mês, mas repassei todo dinheiro no
mês subsequente. É mau caratismo do promotor de justiça, ou seja lá quem for
esse responsável", afirmou
Segundo o MP, a ação penal
tomou como base uma auditoria realizada pelo Ministério da Previdência Social,
que, após concluir o levantamento, apontou diversos procedimentos irregulares
feitos pelo gestor.
Dentre as irregularidades
encontradas no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais
de Viçosa (CIPASMV), estão os descontos das contribuições previdenciárias dos
servidores ativos, inativos e pensionistas, sem o devido repasse à instituição.
O MP apontou que os dados
revelaram que, somente em 2012, a prefeitura deixou de repassar R$ 287.338,84
ao órgão. Já em 2013, o prejuízo foi de R$ 182.285,31. O valor total do dano
aos cofres da previdência própria municipal somaram R$ 469.624,15.
A denúncia foi assinada pelo
procurador geral de Justiça, Sérgio Jucá, e pelo subprocurador-geral Judicial
substituto, Walber José Valente de Lima.
“Como chefe do Poder
Executivo Municipal e administrador, o denunciado deixou de repassar as
contribuições previdenciárias descontadas de seus servidores, inativos e
pensionistas ao IP AMSV, no prazo e forma legais”, explica um trecho da ação
penal.
Na denúncia, o MP destacou
dano provocado aos cofres públicos, “porque a conduta do prefeito traz um
prejuízo irreparável à finalidade social do instituto, uma vez que põe em xeque
o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema, inviabilizando a regular
concessão e pagamento dos benefícios previstos aos seus milhares de filiados
que dele dependem. (...) Sem falar na possibilidade de levar o instituto à
falência”, revela outro parágrafo da ação.