A assessoria de comunicação do Prefeito de União dos Palmares Dr. Carlos
Alberto Baia informou neste sábado que a visita do Governador Renan Calheiros
ao Hospital Dagoberto Omena em Murici serviu para um rápido contato entre os
dois gestores oportunidade em que ficou agendada uma audiência para a próxima
terça feira no Palácio do Governo em Maceió quando será apresentado um
relatório ao governante alagoano da atual situação da estação de decantação do
SAAE (Serviço Autonômo de Água e Esgoto) local.
Segundo diretores da autarquia, o local onde a água é tratada antes de
ser distribuída aos consumidores apresenta rachaduras e se não houver uma providência
imediata poderá haver racionamento do precioso liquido em União. A informação
dá conta ainda que somente 75% da capacidade do tanque está sendo utilizado
para evitar a ruptura total de suas paredes.
Na realidade, as atuais instalações do SAAE remontam a mais de 20 anos
quando a população de União dos Palmares era estimada em cerca de 35/40 mil
habitantes. Por sua excelente posição geográfica, o êxodo rural, a construção
de três novos conjuntos habitacionais e a extensão da distribuição de água a
bairros mais distantes, contribuíram com que a estação se tornasse incapaz de
atender na atualidade a mais de 16 mil usuários outrora estimados em pouco mais
de nove mil.
Para efetuar os reparos em caráter de emergência, o governo municipal
terá de desembolsar cerca de R$ 450 mil reais, importância impossível de ser empregada
no momento por vários fatores a começar pelas constantes reduções das cotas do
FPM, do final do recolhimento dos impostos com o fechamento de empresas do
porte de um parque açucareiro, a crise no comercio e outras carências financeiras,
o que levou um funcionário do alto escalão a confidenciar que ‘somente com a
cobrança da taxa de esgotos se poderá arrecadar o dinheiro da recuperação da
estação danificada’.
A realidade é que a deficiência das instalações da estatal não se resume
especificamente ao tratamento da água. Há necessidade de pelo menos mais dois taques
para servir de reservatórios e ampliação do sistema de captação da água que é
oriunda do Rio Mundaú e para se tornar potável necessita passar por várias
filtragens além da adição de produtos químicos.
Segundo disse a reportagem um vereador do municipio se não houver
entendimento entre os governos do estado e município, o problema será levado ao
Ministério das Cidades já estando sua assessoria elaborando um relatório
sucinto do assunto tentando sensibilizar aquele Ministério sobre mais essa
necessidade urgente da população palmarina. ‘Jamais consentiremos em entregar o
patrimônio do povo palmarino para a estatal e muito menos estabelecer novas
taxas que venham encarecer o custo de vida dos conterrâneos’ disse o parlamentar.
redação //
ascom