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Política
14/03/2015 19:09:05

Arthur Lira: "PP não vai servir de bucha de canhão para ninguém"

Arthur Lira:
Deputado Artur Lyra nega acusações

cadaminuto //

eliane aquino

 

O deputado Arthur Lira telefonou para mim, no inicio da tarde deste sábado, e negou todas as acusações contra ele na Operação Lava Jato.

 

Arthur está se sentindo injustiçado, caluniado. E garante que a Procuradoria Geral da República não tem absolutamente nada que o incrimine, salvo as delações do doleiro Alberto Youssef que o inclui no esquema de corrupção da Petrobras, “sem provas”, enfatizou, contrariado, o parlamentar.

 

Ele não poupou adjetivos pejorativos a Youssef e lamentou que palavras soltas de um réu confesso tivessem tido força suficiente para manchar a reputação de muita gente. Arthur Lira citou em particular o seu pai, senador Benedito de Lira, como uma dessas vítimas, apontado pelo doleiro como um dos beneficiados com propina pela corrupção na petroleira.

“Um absurdo o que dizem sobre meu pai nessas delações”, queixou-se o deputado.

 

“Como pode ser levada a sério a denúncia de um cara contra pessoas, quando ele próprio diz que não conhece, nunca esteve ou entregou dinheiro a essas pessoas?”, questionou. “Não passam de ilações”, disse o deputado, convencido de que as investigações provarão a inocência dele, de seu pai e de outros políticos.

 

No seu partido, por exemplo, o PP, que tem o maior número de políticos citados na lista de Janot, Arthur Lira prevê: “Mais de 90% dessas pessoas são inteiramente inocentes e as investigações vão mostrar isso”, reforçou, advertindo: “O PP não vai servir de bucha de canhão para ninguém, nem para o executivo, nem para o legislativo”, promete o deputado.

 

Sobre ter sido flagrado por câmeras no prédio onde Youssef tinha escritório, Arthur explicou: “Não sabia quem era esse cara, nem que ele tinha escritório nesse prédio. Fui lá para um encontro com o tesoureiro do meu partido. Nunca estive ou tratei de negócios com ele“ (Alberto Youssef). “Muito menos tive ou tenho qualquer negócio com essa empresa que ele (Youssef)  cita”, acrescentou, fazendo referência à Câmara & Vasconcelos, firma suspeita pelo Ministério Público Federal de atividades de agiotagem com políticos.

 

Arthur me disse que estará em Maceió na quinta-feira, 19, e se colocará à disposição da imprensa local para esclarecer “ponto a ponto” das acusações contra ele feitas na Lava Jato.