todo segundo –
riane Rodrigues
agência alagoas
O próximo 12 de
março será lembrado como o Dia Mundial do Rim pela Sociedade Brasileira de Nefrologia
(SBN). A data serve para alertar a população sobre os perigos do mau
funcionamento do órgão, essencial para o corpo humano. O tema deste ano será
“Rins Saudáveis”.
Normalmente,
cada pessoa possui dois rins, mas, algumas conseguem sobreviver com apenas um
deles. O rim é responsável por funções importantes para o funcionamento do
corpo, como a filtragem do sangue, o controle dos níveis de eletrólitos (a
exemplo do sódio, potássio, cálcio, fósforo e magnésio), da pressão arterial,
da quantidade de água do corpo, estímulo à produção de glóbulos vermelhos,
produção de vitamina D, entre outros processos.
De acordo com o
médico Rafael Vasco, coordenador do setor de Nefrologia do Hospital Geral do
Estado (HGE), as doenças dos rins são geralmente desenvolvidas a partir de
alguma doença pré-existente no paciente, que pode afetar o órgão, levando a
pessoa a um estado grave.
“Essas doenças
pré-existentes podem levar das alterações leves até as mais graves, como uma
doença renal aguda, que indiquem uma hemodiálise, por exemplo”, explicou
o coordenador.
Diariamente, o
setor de Nefrologia faz visitas aos pacientes mais graves, que tenham
predisposição a um problema renal. “Fazemos a triagem dos casos que entram na
urgência e emergência. Uma infecção grave, desenvolvida pelo paciente,
necessita de acompanhamento. Das nossas visitas diárias, percebemos que uma
parcela considerável teve seu rim comprometido, e assim encaminhamos para o
tratamento adequado. Infelizmente, em alguns casos, o índice de mortalidade é alto”,
completa Rafael Vasco.
O alerta serve,
em especial, porque muitas doenças dos rins apresentam pouco ou nenhum sintoma
em suas fases iniciais. Boa parte dos pacientes só descobre ser portador de
doença renal em estágios avançados de alguma doença de evolução crônica como
diabetes e hipertensão, quando já não há muito o que fazer para salvar as
funções dos rins.
Sintomas
Alguns sintomas
são importantes e alertam para possíveis perigos. Exemplos são sangue na urina
(hematúria),urina espumosa, edemas (inchaços), hipertensão, anemia, cansaço,
perda do apetite, náuseas e vômitos, acordar a noite para urinar com muita
frequência e, também, a própria ausência de urina.
O alerta maior é
para a presença de sangue na urina, pois ela pode indicar problemas mais graves
como câncer renal, câncer de bexiga, câncer de próstata, cálculo renal,
infecção urinária, hiperplasia benigna da próstata, anemia falciforme, doença
policística renal, trauma renal, tuberculose urinária, excesso de cálcio na
urina, e endometriose.
A melhor forma
de se diagnosticar as doenças renais é por meio de exames laboratoriais (uréia,
creatinina, glicose, ácido úrico, hemograma são os mais comuns) em estágio
inicial. Nos exames, por exemplo, pode-se identificar a presença de sangue,
proteínas, glicose ou outras substâncias que apontam para um possível problema.