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Justiça
03/03/2015 21:04:54

Joaquim Gomes: juiz determina novamente o retorno de Toinho Batista à Prefeitura

Joaquim Gomes: juiz determina novamente o retorno de Toinho Batista à Prefeitura
Acesso a Joaquim Gomes

gazetaweb //

rafael maynart

 

O juiz da Comarca de Joaquim Gomes, Luca Lopes Dória, deferiu o mandado de segurança impetrado pela defesa do prefeito Toinho Batista e determinou, nesta segunda-feira (02), o retorno imediato do gestor ao cargo. O magistrado suspendeu o decreto legislativo nº 07/2015, em caráter de liminar, que determinava o afastamento do prefeito de suas funções, sob a acusação de atos de improbidade administrativa. Toinho deve assumir novamente o cargo de prefeito nesta terça-feira (03).

O magistrado afirma, em seu decreto, que a suspensão se deu porque houve desrespeito à decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), que, no último dia 26, reconduzia Toinho Batista ao cargo de prefeito, sendo que, horas depois, a Câmara Municipal publicou o decreto Nº 07/2015, afastando-o novamente por mais 90 dias.

Diante disso, o juiz Luca Lopas afirmou que tais atos do Poder Legislativo 'provocam instabilidade política no município de Joaquim Gomes, trazendo insegurança jurídica às instituições'. “Sugestionam ainda possível crise entre os Poderes da República, vez que tornam ainda mais tênue a expressão do princípio da separação dos poderes, causando tensão entre o Poder Judiciário e o Legislativo”, diz trecho da decisão.

Na mesma decisão, Luca Lopes conclui que existiu uma lesão ao direito do prefeito Toinho Batista, impedindo-o de retomar as atividades como prefeito de Joaquim Gomes, como havia determinado o TJ. “Diante das premissas acima alinhavadas, forçoso concluir pela caracterização da existência de lesão ao direito do impetrante de dano de incerta ou difícil reparação, sobretudo naquilo em que atine à respeitabilidade dos comandos e decisões emanadas do Poder Judiciário”.

Relembre

Toinho Batista teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores no dia 7 de janeiro deste ano, após apresentação do relatório final de Comissão Especial de Inquérito (CEI) criada para apurar denúncias contra o prefeito. O gestor já estava afastado do cargo pela Justiça desde 14 de abril do ano passado, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE). A cassação aconteceu uma semana antes do fim do prazo do afastamento do tucano da prefeitura.

As acusações contra ele incluem desvio de recursos públicos, fraude em licitação e compra e uso de notas fiscais frias para encobrir a aquisição de materiais que nunca teriam sido entregues às secretarias municipais.