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O
Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR), unidade assistencial da Universidade
Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, (Uncisal), fechou o ano de 2014
praticamente com o mesmo percentual de internações de 2013. No ano passado
foram atendidas 1.731 pessoas e no ano de 2013 o número de internações
correspondeu a 1.765.
Dos
1.731 atendimentos realizados no ano passado, 1.245 foram do gênero masculino,
(65.7%), e apenas 649 mulheres (34.3%) do sexo feminino. Desta totalidade,
foram contabilizados quatro óbitos, (0,22%), em uma ocupação anual de 93.8%,
com permanência média de 31 dias.
No
ano de 2013 o número de mortes ainda foi menor, com registro de apenas 03
situações de óbitos, somatizando pequeno percentual de 0,18%. Os dois índices
estão abaixo do limite de mortalidade de 0,40%, preconizado para os hospitais
psiquiátricos. Em 2013, a ocupação anual também atingiu seu patamar quase que
integral, apresentando 94,15% na sua demanda. O número de altas neste período
também foi semelhante nos dois anos, sendo 1.739 em 2014 e 1.769 no ano
anterior.
Segundo
o gerente-geral da unidade, psiquiatra Audênis Peixoto, as altas se devem ao
tratamento especializado oferecido no Hospital Portugal Ramalho. “Além do
acompanhamento médico, o usuário também participa de oficinas terapêuticas,
incluindo as festividades anuais, retornando para o convívio familiar e social
após permanência de 31 dias de acolhimento”, explicou.
Para
o psiquiatra, o papel da família no tratamento do doente mental é visto de
maneira imprescindível para a melhora do paciente. “O transtorno mental não se
configura como algo apenas da esfera biológica, outros aspectos do viver
constituem-se fundamentais para o tratamento. A família é um dos vértices deste
tratamento”, analisou, ainda, o gerente-geral.
As
patologias seguiram idênticas nos dois períodos levantados. Esquizofrenia
paranóide e dependências de múltiplas drogas lideram no número de internações.
Com uma margem muito pequena de uma para outra, de apenas 20 usuários, a
esquizofrenia totalizou 257 casos em comparação a 237 entradas de dependência
química. Além destas duas, psicose não-específica também aparece nos dados, com
194 internamentos em 2014.
De
acordo com levantamentos da Gerência Geral do HEPR, as idades também surgem de
maneira curiosa nos dados catalogados. Em 2014, a faixa etária global de
internamentos predominante foi de 31 a 45 anos, sendo que desta margem, as
mulheres apresentam-se em idades mais avançadas que os homens. Assim também
aconteceu em 2013, com uma prevalência de 31 a 45 anos para o sexo feminino e
uma média de 18 a 30 anos para homens.
Os
internamentos são originados não somente da capital, como de diversos
municípios alagoanos. No ano passado, a maioria de internamentos foi da
Capital, com 62% e 38% oriundo do interior. As cidades que mais “enviaram”
pacientes foram a vizinha Rio Largo com 71 pessoas, seguindo de União dos
Palmares com 44 entradas, São Miguel dos Campos com 31 entradas, Santana do
Ipanema com 21 e Porto Calvo com 18 internamentos.
Em
2013, as cidades de origem dos internamentos permaneceram com prevalência da
Capital, (61%), Rio Largo, São Miguel e União dos Palmares e mais duas cidades
diferentes que não foram relacionadas em 2014, sendo Marechal Deodoro (32%) e
Matriz do Camaragibe, (29%).