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shade andrea
cavalcante
A partir da próxima
segunda-feira (02), a conta de luz vai ficar mais cara para os consumidores
alagoanos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) votou nesta
sexta-feira (27) a revisão extraordinária de tarifas de energia elétrica das
distribuidoras. O resultado desta revisão em Alagoas são acréscimos de
4,7%.
A Revisão Tarifária
Extraordinária (RTE) foi aprovada na sexta-feira (27) e determina um aumento
médio de 23,4% em todo o país. Os percentuais aplicados são diferentes e variam
conforme a região da distribuidora.
A RTE foi realizada sob o
argumento de compensar a elevação dos custos da Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE) e do preço da energia que é comprada da Usina Itaipu,
localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
Para as distribuidoras que
atuam nas regiões Norte e Nordeste, o impacto médio será de 5,5%. A diferença
em relação ao Sul, que terá impacto médio 28,7%, ocorre principalmente por que
não há compra de créditos energéticos de Itaipu para esta região. Ao todo, a
Aneel autorizou o reajuste das tarifas de 58 das 63 distribuidoras de energia
do país.
Mais aumentos
As revisões extraordinárias aprovadas nesta sexta são uma forma de compensar
emergencialmente os maiores gastos das indústrias para produzir energia e é
aplicado quando há risco de desequilíbrio nas contas das distribuidoras.
Portanto, os consumidores
podem esperar por nova alta em suas tarifas ao longo de 2015, pois a Aneel
ainda vai autorizar o reajuste ordinário, aquele que já ocorre uma vez por ano.
Bandeiras
Também começam a valer nesta segunda-feira (02) os novos valores para as
bandeiras tarifárias, um índice que permite a cobrança de um valor extra na
conta de luz de acordo com o custo de geração de energia.
A bandeira vermelha, que é a
que atualmente vigora em Alagoas, sinaliza que está muito caro gerar energia.
Na conta de luz será cobrada uma taxa extra de R$ 5,50 para cada 100 kWh
(quilowatts-hora) de energia usados, o que corresponde a um aumento de 83,33%
em relação aos R$ 3 cobrados entre janeiro e fevereiro.
Já no caso de bandeira
amarela, a taxa extra aplicada passa de R$ 1,50 para R$ 2,50 – aumento de
66,66%. Não houve alteração em relação à bandeira verde, que sinaliza que não
há custo adicional para produção de eletricidade e, portanto, não é aplicada a
taxa
Os recursos arrecadados por
conta das taxas de bandeira o custo extra pelo uso mais intenso no país de
termelétricas (usinas movidas a combustíveis como óleo e gás e que geram
energia mais cara), além da compra, pelas distribuidoras, de energia no mercado
à vista, onde o preço também é mais alto.
Assim como no caso da revisão extraordinária, as distribuidoras deveriam pagar
essa fatura no primeiro momento para depois repassar aos consumidores no
reajuste anual. Como elas alegam não ter recursos para isso, as bandeiras
permitem a arrecadação imediata.