Agentes da equipe do Delegado Igor Diego de São José da Laje de plantão na 11ª DRP em União dos Palmares suspeitaram de um ruído estranho vindo do interior da única cela da carceragem da Delegacia local e acionaram o PELOPES e duas viaturas do 2º BPM para invadir o local cuja população carcerária na hora da descoberta era de 22 presos em um espaço de oito metros quadrados quando descobriram uma enorme quantidade de terra que estava sendo extraída do vaso sanitário em sistema de revezamento pelos detidos que pretendiam fugir durante a madrugada de sábado para o domingo.
O fato foi comunicado imediatamente a Secretaria de Defesa Social que enviou ao local duas viaturas do TIGRE para remover os detidos para a Delegacia Distrital de Murici na região metropolitana de Maceió que está em reforma a mais de três meses e que também somente dispõe de uma cela, cuja carceragem abriga um suspeito de estupro no alojamento do chefe de expediente para preservar sua integridade, pois os demais detidos ameaçaram-no de morte.
A transferência somente se deu no inicio da noite sob o protesto dos familiares dos presos, já que existia um rumor que a comunidade carcerária seria transferida desde o Decreto assinado pelo Juiz Dr. Antonio Rafael Wanderley datado de 27 do mês passado e que estipulava um prazo de 15 dias para a distribuição dos presos no sistema carcerário de Maceió.
Na realidade, a comunidade carcerária da região da Mata alagoana sofreu nos últimos dois anos um revés considerável: a Delegacia Distrital de São José da Laje está interditada pela precariedade e insalubridade do prédio: Ibateguara não tem xadrez: Santana do Mundaú apesar de ter carceragem, as instalações não comportam presos periculosos; Branquiinha apresenta a mesma situação e a Delegacia de Murici nesta fase de reformas somente conta um xadrez e para agravar o quadro, a Delegacia de União que não tem compartimento feminino nem sala livre para menores está interditada judicialmente sendo inclusive proibido o recebimento de novos presos.
Um policial que solicitou o instituto do anonimato disse que ‘a situação tende a se agravar com a proximidade do carnaval cuja direção dos festejos é de quatro dias, devendo os prováveis presos novamente superlotar o xadrez ou não haver prisões por deficiência na acomodação carcerária da região’.
Ninguém da Defesa Social se manifestou sobre o assunto até a manhã desta segunda feira.
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