tribunahoje //
r7
A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) saltou 1,24% em janeiro, contra alta de 0,78% em dezembro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (6).
Trata-se
da maior alta desde fevereiro de 2003 (+1,57%), no início do governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com
isso, em 12 meses, o IPCA acumulou avanço de 7,14% até janeiro, depois de ter
encerrado 2014 com 6,41%, superando em muito o teto da meta do governo de 4,5%,
com margem de 2 percentuais para mais ou menos.
A
expectativa em pesquisa da Reuters era de que o IPCA subisse 1,24% em janeiro
na mediana de 45 projeções, que foram de alta de 0,70% a 1,30%.
Em
12 meses, a expectativa era de avanço de 7,14% na mediana de 43 estimativas,
num intervalo de 6,57% a 7,20%.
O
resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo
AE Projeções, que iam de uma taxa de 1,10% a 1,35% e levemente abaixo da
mediana, de 1,25%. Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses ficou em
7,13%, acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%.
Vilões
do bolso
O
aumento nos gastos com alimentação e bebidas (1,48%), habitação (2,42%) e
transportes (1,83%), que somam 1,06 ponto percentual, foram responsáveis por
85% do índice do mês. Nos alimentos foram vários produtod que apresentaram
aumentos expressivos sobressaindo a batata-inglesa (38,09%), feijão-carioca
(17,95%) e tomate (12,35%).
Em
habitação (2,42%), o grupo de maior resultado, o destaque ficou com a energia
elétrica, cuja alta de 8,27% gerou impacto de 0,24 ponto percentual, o mais
elevado no mês. Executando apenas a região metropolitana de Salvador, que ficou
em 0,76% em razão de redução de imposto. Nos transportes, os aumentos de ônibus,
metrô e trem foram os que mais contribuíram para a alta da inflação.