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minha vida
Pesquisando
quantos medicamentos homeopáticos existem, verifiquei que são cerca de 2 mil.
Puxa! Quantos, não é? Então isso nos leva a pergunta: como o homeopata escolhe
qual medicamento usar para cada paciente e por que ele receita o mesmo
medicamento para pessoas e doenças diferentes?
Tudo
começa com uma consulta. O paciente normalmente vem preparado, pois já contaram
para ele que a consulta demora muito. Faz parte da consulta que o paciente
relate os seguintes pontos:
Neste
momento começam as diferenças entre as consultas. Detalhes são essenciais: como
a pessoa adoece é característica de cada um e os diferencia. Vamos supor que a
queixa seja crise de bronquite. Perguntamos sobre o horário de agravação, época
do ano, posição que assume durante a crise, como melhora, como piora, se sente
medo, chama alguém. No caso da criança: questionamos se ela quer colo, se pede
para ir até a janela respirar, se não quer que a toquem e quais são os sintomas
que acompanham a crise?
Levamos em
conta sintomas físicos, psíquicos, sensações, desde quando a doença se
manifesta. Vocês já ouviram alguém comentar: "desde aquela doença nunca
mais fui o mesmo..."? Esse relato para o homeopata é a causalidade, ou
seja, o ponto de partida da doença.
A homeopatia está
calcada em quatro pilares:
1)
Experimentação -
Todo remédio homeopático é obtido após experimentação;
2) Lei da Semelhança -
Procuramos, dentro da experimentação, o remédio mais semelhante à sua doença;
3) Remédio Único -
O ideal é um remédio único para tratamento. Mas, tendo em vista a complexidade
dos medicamentos e das pessoas, nem sempre é possível;
4) Doses Mínimas -
Hahnemann, pai da homeopatia, considerava o paciente ?fragilizado? pela doença
e, portanto, deveria ser medicado com muito cuidado. Por isso as doses
mínimas.
Ao final
da consulta, após muita conversa, faço e entrego uma receita com o medicamento
que considerei mais adequado ao caso.
Paciente
me pergunta o que faz o medicamento? O que esperar? O medicamento homeopático
não é pontual, ele não é usado para uma doença, mas sim para uma
"situação". Nunca adoecemos um órgão de cada vez, adoecemos como um
todo. O que mostramos como "sintoma" é a ponta de nosso Iceberg, por
baixo tem muito mais.
Hahnemann
desiludido com a medicina de sua época (sangrias, ventosas, purgativos) foi
trabalhar como tradutor. Ao traduzir a obra "As leituras da Matéria Médica
de Cullen", ele leu a descrição dos efeitos do uso da China officinalis ou
Casca do Peru (planta usada pelos indígenas para tratamento do paludismo ou
malária). Percebeu que a descrição da toxicologia da China off. é muito
semelhante à doença Malária e que, se um indivíduo saudável tomasse a China,
desenvolveria um quadro de intoxicação acidental semelhante à doença Malária.
Isto dá origem ao primeiro dos pilares: Lei da Semelhança.
Da mesma
forma foram obtidos os outros medicamentos, pela observação nas intoxicações
acidentais, picadas de animais e venenos.
Como
exemplo de intoxicação por plantas, vamos usar a Belladonna. A ingestão
acidental da planta principalmente pelas crianças pode provocar:
A
intensidade dos sintomas produzidos pela intoxicação depende de sensibilidade
individual. Por esta descrição, ela é usada pelas mães para estados febris das
crianças.
Cada
remédio homeopático tem suas próprias características e sintomas para os quais
são mais eficazes. Então, não é possível dizer qual a indicação para cada
medicamento. Para obter essa indicação, usamos os sintomas e queixas do paciente
e as descrições dos medicamentos.
Dois
alertas: