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O deputado Carlos Ricardo Gaban, de 64 anos, líder do Democratas na
Assembleia Legislativa da Bahia, envolveu-se em uma confusão na tarde desta
quarta-feira (31), na Praia do Francês, em Marechal Deodoro. O parlamentar
teria discutido e trocado agressões com funcionários e o proprietário de uma
barraca situada no local, depois que o filho dele teve um chapéu furtado.
Sob o olhar de dezenas de turistas que aproveitavam o dia de sol antes das
comemorações da virada de ano, os policiais militares encaminharam todos os
envolvidos, inclusive os filhos do parlamentar, para a Central de Flagrantes,
em Maceió, onde foram ouvidos por delegado plantonista.
O parlamentar relatou à polícia que foi agredido pelo proprietário do
estabelecimento comercial, visto que o empresário teria se negado a tomar
alguma atitude referente ao furto. Diante da suposta negativa, houve a troca de
agressões entre o deputado, o empresário e garçons do estabelecimento. A
família do parlamentar está em Alagoas para curtir as festividades de final do
ano.
"A polícia tem que fazer uma blitz para constatar que eles têm ponto de
droga e também que andam armados. Quem me disse isso foram uns jovens de lá do
Francês. A confusão começou porque meu filho foi reclamar que haviam furtado um
chapéu italiano dele. O garçom disse que ele fosse reclamar com a polícia. Nós
saímos e, quando já estávamos lá fora, começaram as agressões pelo proprietário
do estabelecimento", afirmou o deputado.
Um garçom do local chegou a ser agredido com uma garrafada na cabeça por
um dos familiares do parlamentar. "Ele nos agrediu verbalmente. No fim,
quando a confusão já estava terminando, o filho dele deu uma garrafada no
garçom. O deputado falou também que o estabelecimento é um ponto de drogas. Ele
é um deputado mentiroso", disse o proprietário do estabelecimento.
O garçom que levou a garrafada na cabeça destacou que tudo começou quando ele
foi xingado pelo parlamentar. "Eu falei que nós não nos responsabilizamos
por roubos ou furtos na praia. Entreguei a conta e ele começou a dizer que não
ia pagar e que todo mundo era ladrão. Eu disse que ele tinha que me respeitar,
que eu dei a assistência devida e o tratei com todo respeito. Ele respondeu
dizendo que falava o que quisesse e quando quisesse. Eu levei uma garrafada na
cabeça e meu colega está com uma ferida na perna. Até meu patrão está
machucado", afirmou um dos garçons agredidos.