g1-al
wadson costa
De acordo com os
dados do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, divulgados nesta
terça-feira (25), o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Alagoas cresceu 33,97%
entre 2000 e 2010. Nesse período, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos
absolutos foi Educação (com crescimento de 0,238), seguida por Longevidade e
por Renda.
Com isso, o IDHM
do estado passou de 0,471 em 2000 para 0,631 em 2010. Avanço que não foi
suficiente para tirar Alagoas da última posição entre as 27 unidades
federativas brasileiras. Neste ranking, o maior IDHM é 0,824 pertence ao
Distrito Federal e o menor é 0,631 ao estado de Alagoas.
Segundo o dados do IDHM,
levantados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fundação João Pinheiro, onde são
considerados 200 indicadores de demografia, educação, renda, trabalho,
habitação e vulnerabilidade, a partir de dados extraídos dos Censos
Demográficos de 1991, 2000 e 2010; no quesito Demografia e Saúde Alagoas
apresentou uma taxa média de crescimento populacional de 1,01% em uma década.
Neste período a taxa de urbanização da UF passou de 68,01% para 73,64%.
O confronto de dados da pesquisa também mostrou que entre 2000 e 2010, a razão
de dependência, de pessoas não consideradas ativas para o trabalho caiu em
Alagoas passando de 66,81% para 54,30% e aumentando assim a taxa de
envelhecimento da população, que passou de 4,96% para 6,01%.
Mortalidade infantil
Quanto a taxa de longevidade, mortalidade e fecundidade os números se
demostraram favorável para Alagoas. Já que a mortalidade infantil – aquela de crianças
com menos de um ano de idade – reduziu passando de 49,0 por mil nascidos vivos,
em 2000, para 28,4 por mil nascidos vivos, em 2010. Em 1991, a taxa era de
74,5.
Entre 2000 e 2010, a taxa de
mortalidade infantil no país caiu de 30,6 por mil nascidos vivos para 16,7 por
mil nascidos vivos. Em 1991, essa taxa era de 44,7 por mil nascidos vivos. Com
a taxa observada em 2010, o Brasil cumpre uma das metas dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, segundo a qual a mortalidade
infantil no país deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015.
Educação
Em um dos quesitos que o estado de Alagoas mais avançou, a Educação, os números
mostram que a proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado
determinados ciclos cresceu consideravelmente ao longo da década de comparação.
Com isso, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 88,74%, em 2010.
No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos
finais do ensino fundamental é de 81,57%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos
com ensino fundamental completo é de 39,56%; e a proporção de jovens de 18 a 20
anos com ensino médio completo é de 25,86%. Entre 1991 e 2010, essas proporções
aumentaram, respectivamente, em 57,98 pontos percentuais, 63,60 pontos
percentuais, 30,04 pontos percentuais e 18,98 pontos percentuais.
Renda
Quanto ao quesito renda, aquele que intervem diretamente nas taxas de pobreza e
desigualdades, o levantamento constatou que renda per capita média de Alagoas
cresceu 104,06% nas últimas duas décadas, passando de R$ 211,98, em 1991, para
R$ 285,29, em 2000, e para R$ 432,56, em 2010. A taxa média anual de
crescimento foi de 34,58%, entre 1991 e 2000, e 51,62%, entre 2000 e 2010.
Assim, a proporção de pessoas pobres com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140, passou de 65,15%, em 1991, para 56,80%, em 2000, e para 34,29%, em
2010. Realidade que interferiu também nos números do quesito Trabalho, já que a
taxa de desocupação da população economicamente ativa reduziu de 16,63% para
10,53%.