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Todos os 101 municípios
alagoanos estão entre os que receberão um investimento de 1,6 bilhão para a
melhoria no atendimento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas
unidades de saúde. A lista das cidades que vão receber os recursos adicionais
pelo Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica
(PMAQ) foi publicada pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira, no Diário
Oficial da União.
Segundo o Ministério da Saúde
(MS), o incentivo faz parte do processo de modernização da gestão da saúde do
Governo Federal, com adoção de novos padrões e indicadores de qualidade,
estimulando tanto a autoavaliação das equipes como a oportunidade de
aprimoramento do cuidado. Ao todo, serão repassados R$ 1,6 bilhão a 5.041 municípios
brasileiros, recurso referente à certificação de 29.598 equipes de atenção
básica e 19.050 equipes de Saúde Bucal.
Das equipes de atenção básica
avaliadas, cerca de 50% (14.288) atingiram resultado acima da média ou muito
acima da média. Quanto à saúde bucal, 44% (8.492) das equipes tiveram avaliação
acima da média. As equipes de Atenção Básica que recebem conceito muito acima
da média recebem adicional de R$ 8,5 mil por mês; acima da média passa a ter um
aditivo de R$ 5,1 mil. As demais avaliações ganham um complemento de R$ 1,7
mil. Para as equipes de saúde bucal os valores são, respectivamente, R$ 2,5
mil, R$ 1,5 mil e R$ 500.
O processo de certificação, que determinou o volume de recursos a serem
transferidos aos municípios, é realizado pelo Ministério da Saúde com o apoio
de 49 Instituições de Ensino e Pesquisa de todas as regiões do país. A
avaliação é composta por três partes: uso de instrumentos autoavaliativos - o
que corresponde 10% da avaliação; desempenho em resultados do monitoramento dos
24 indicadores de saúde firmados no momento da adesão do Programa - responsável
por 20% da avaliação; e desempenho nos padrões de qualidade verificados in
loco por avaliadores externos, que corresponde a 70% da nota de avaliação.
O objetivo do PMAQ é garantir um alto nível de atendimento por meio de um
conjunto de estratégias de qualificação, acompanhamento e avaliação do trabalho
das equipes de saúde. Este ano, o programa foi ampliado para todas as equipes
de Atenção Básica, incluindo os Núcleos de Atenção à Saúde da Família (NASF) e
avançando na atenção especializada contemplando os Centros de Especialidades
Odontológicas (CEO), que antes não faziam parte do programa. Desde 2011, quando
foi lançado, o PMAQ já repassou aos municípios mais de R$ 5,2 bilhões em
recursos. Ao todo, o investimento em atenção básica aumentou em 106% nos
últimos quatro anos. Só em 2014 serão aproximadamente R$ 20 bilhões.
Avaliação externa
Para avaliação das equipes
que aderiram ao segundo ciclo do PMAQ, também foi considerada a opinião dos
usuários do SUS. Ao todo, foram aplicados questionários, entre novembro de 2013
e maio de 2014, a mais 115 mil brasileiros de todos os estados sobre o
atendimento prestado pelas equipes de atenção básica.
Entre as 23.944 UBS avaliadas, mais de 70% das UBS divulgam para os cidadãos as
ações e ofertas de serviços das equipes e mais de 90% das equipes ofertam
consultas voltadas para o pré-natal, atendimento a crianças, e a agravos como
hipertensão arterial e diabetes mellitus. Em relação à saúde bucal, mais de 80%
das equipes de saúde bucal ofertam consultas para crianças de até 5 anos e
ofertam ações de prevenção e detecção de câncer de boca.
Para 64% dos usuários entrevistados, as instalações das UBS são “boa” ou “muito
boas”. Em relação ao atendimento, mais de 80% consideram o cuidado recebido
pela equipe como “bom” ou “muito bom” e ainda recomendariam a unidade de saúde
a um amigo ou familiar. O PMAQ revelou ainda que 57% das unidades de saúde têm
acesso à internet e, entre elas, 78% a banda larga funciona de maneira
contínua.
Banda larga
O Ministério da Saúde também
está investindo na ampliação do Plano Nacional de Banda Larga nas Unidades
Básicas de Saúde. O projeto oferece gratuitamente conexão à internet - por via
terrestre e satélite - a telecentros, escolas, unidades de saúde, aldeias
indígenas, postos de fronteira e quilombos. Desde o início do projeto, 1.660
UBS já tiveram o ponto de banda larga instalado em 769 municípios e 23 estados.
A previsão é chegar até agosto de 2015 a 12.251 unidades básicas de saúde com
acesso rápido à internet em suas sedes. As UBS contempladas nesta primeira
etapa são aquelas que tiveram equipes certificadas no 1º ciclo do PMAQ. A
conectividade à internet apoia a implantação do sistema com Prontuário Eletrônico
de Saúde (PEC) no SUS, melhorando o acompanhamento das ações de saúde por meio
da integração automatizada aos sistemas de informação que apoiam as Redes de
Atenção.