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jamille bezerra e jhonatas maresia
O coordenador do Grupo
Estadual de Combate às Organizações Criminosa (Gecoc), Alfredo Gaspar de
Mendonça, falou pela primeira vez, nesta quinta-feira (20), sobre a ação
policial que resultou na morte de cinco suspeitos no bairro de Guaxuma, em
Maceió. Ele disse que tem interesse nas investigações, mas que está do lado dos
militares.
“Deixo meu cargo à disposição, deixo o Gecoc, mas jamais deixarei a defesa dos
policiais porque os conheço e sei do equilíbrio e da eficiência deles no
momento preciso”, afirmou o representante do Gecoc.
O promotor, que estava de férias e retornou hoje a Alagoas, disse que conhece a
postura dos policiais e que, por isso, eles têm o apoio integral do Gecoc.
“Não se pode fazer juízo de valor em detrimento de homens decentes e honrados
que saem de casa para defender a sociedade contra cinco bandidos armados que
saíram dispostos para matar e roubar. Eu estava de férias e recebi a notícia
com muita preocupação. Eu acho que a investigação é válida e tem que acontecer,
pois ninguém está acima da lei. Mas a postura do Gecoc é de apoio integral à
ação policial”, destacou.
Alfredo Gaspar de Mendonça afirmou ainda, durante entrevista nesta
quinta-feira, que não procurou delegado e nenhuma outra autoridade responsável
pelas investigações do caso. Segundo ele, a polícia que sai de casa para
combater o crime merece o reconhecimento dele e da sociedade.
"Já passei por situações ao lado desses policiais e sei da ousadia dos
criminosos. Mais do que ninguém eu quero a investigação, mas desde o primeiro
momento eu estou ao lado dos policiais. Não procurei delegado, não procurei
outras autoridades, mas quero que fique bem claro o recado: estou do lado da
polícia do bem. Polícia que sai de casa para combater o crime merece ser
aplaudida e prestigiada”, destacou.
A Operação
A operação do Gecoc com o Bope aconteceu na tarde do último dia 4 de novembro,
no bairro de Guaxuma, em Maceió. As cinco vítimas ainda chegaram a ser
socorridas e levadas em estado grave para o Hospital Geral do Estado (HGE), no
Trapiche da Barra, mas não resistiram e chegaram mortas ao local.
O Gecoc e o Serviço de Inteligência da Secretaria de Estado da Defesa Social
(Seds) monitoravam os suspeitos há cerca de cinco meses. O bando teria
programado um assalto a um imóvel onde o dono guardava R$ 200 mil dentro de um
cofre, numa ação que contaria com a participação de sete pessoas. Para tentar
executar o plano, os criminosos estavam com dois veículos a postos, um Corsa
Classic preto, placa MUZ-5746, e uma moto CB 300, de cor amarela e placa não
revelada.
O crime não chegou a ser executado porque, ao se aproximarem da casa, os
acusados foram surpreendidos por militares do Batalhão de Operações Especiais.
Ao serem interceptados, eles atiraram contra os veículos onde estavam os
policiais. Houve troca de tiros e os acusados foram atingidos.