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marcos chagas
O reajuste de 3% no preço da gasolina anunciado na noite de ontem (06), pela Petrobras, não afetará o consumidor neste fim de semana. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia, a previsão é que somente na segunda-feira (10), quando os postos de gasolina começarem a demandar o produto com o preço reajustado nas refinarias, é que o novo valor deve chegar ao consumidor.
"Conforme os postos forem demandando o produto com valor já reajustado nas refinarias é que teremos um aumento para o consumidor final. Ainda assim, esse aumento de 3% está abaixo do que a Petrobras precisaria para repor suas dívidas, que seria de 7%. Quanto à dúvida se será mais proveitoso abastecer com etanol, precisamos, antes, verificar o aumento final da gasolina para o consumidor", ressaltou Gouveia.
Ele
destacou que o valor real do aumento dependerá do repasse cobrado pelas
distribuidoras aos postos. "O aumento final da gasolina vai refletir o que
for cobrado pelas distribuidoras, já que nos postos a gasolina tem um
percentual de 25% de etanol, que até agora mantém o preço estável. Ou seja, se
desconsiderarmos o preço da distribuição e considerarmos que a gasolina tem um
percentual de etanol na mistura, o aumento nem chega aos 3% para o
consumidor".
Para quem usa o carro como meio de transporte diário, o aumento no preço do combustível responderá por um gasto maior no final do mês, ressalta a professora Cátia Andrade, que preferiu não esperar a segunda-feira para abastecer o seu automóvel. "Esse aumento certamente vai implicar um maior gasto no fim do mês, por isso que, logo que soube que iria aumentar, vim encher o tanque do carro”.
O mesmo raciocínio é
compartilhado pelo servidor público Abdias Pontes Neto. "Eu dependo do
carro para tudo e completo o tanque umas três ou quatro vezes por mês. Com o
aumento, certamente vou gastar bem mais por mês".
Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal diz que não se posiciona sobre preços de combustíveis praticados pelo varejo e que o preço da bomba é fixado de forma livre pelos postos, levando-se em consideração os reajustes repassados pelas distribuidoras de combustíveis.
Energia
elétrica terá custo maior devido ao reajuste do preço do diesel
flávia Albuquerque
O aumento do diesel terá
impacto no custo da energia elétrica disse, hoje (7), o diretor-geral do
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. "Vai pesar
um pouquinho (o aumento do diesel), pois não temos muitas térmicas a base de
diesel, a maioria é a gás", disse ele.
Chipp explicou que o parque
térmico brasileiro gera cerca de 3 mil megawatts, sendo que o total de geração
de capacidade instalada no país é por volta de 20 mil megawatts. O
representante do ONS participou de encontro na Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro, zona sul, promovido pelo Comitê Técnico Científico da
Academia Nacional de Engenharia (ANE).