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nathalia passarinho
A Câmara dos Deputados
aprovou nesta quarta-feira (4), em primeiro turno, proposta de emenda à
Constituição (PEC) que aumenta o percentual de recursos que a União repassa
anualmente aos municípios por meio do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM). O texto recebeu o aval de todos os 368 deputados presentes à sessão do
plenário da Casa.
Por ser uma PEC, a matéria
precisa passar por análise em dois turnos na Câmara e no Senado, sendo que o
segundo ocorre após cinco sessões no plenário. Como o texto já foi aprovada no
Senado, deverá seguir para promulgação logo após a votação em segundo turno.
O FPM é formado por parcela dos recursos que a União arrecada com o Imposto de
Renda e o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Apesar de diminuir o
valor da arrecadação que fica com a União, o texto foi aprovado conforme o
governo havia se comprometido anteriormente com os municípios.
Atualmente,
23,5% do recursos obtidos com esses dois impostos são destinados aos
municípios. Pela PEC analisada pela Câmara, o percentual passa para 24,5%. O
aumento de um ponto percentual terá um impacto anual de R$ 3,8 bilhões para os
cofres do governo federal, conforme estimativa da Secretaria de Relações
Institucionais.
De acordo com a proposta, esse reajuste nos repasses será feito em duas
parcelas de meio ponto percentual – a primeira em 2015 e a segunda, em 2016. A
partir de 2017, o pagamento será feito em uma única parcela todo mês de julho.
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) pedia um aumento maior, de dois
pontos percentuais nos repasses anuais. No entanto, o governo não admitiu
elevar o valor do fundo.
“O problema é que quando propusemos essa alteração foi de 2012, de dois pontos
percentuais. Esse um ponto percentual não vai resolver o problema dos
municípios, só vai amenizar os problemas das prefeituras. Os programas do
governo federal em parceria com os municípios foram subfinanciados nas últimas
décadas e as prefeituras estão sem condição de cumprir metas”, disse o
presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski.