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Um colunista
social de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, publicou um texto no Diário de
Mogi no qual pede que Alagoas, Piauí e Maranhão fiquem de fora do cenário
eleitoral. Para ele, os eleitores desses estados ó podem votar se "uma
frase inteira sem erros de concordância e com todos os plurais".
Anderson Magalhães sugere ainda "trancar nossas 'secretárias do lar' em
casa, interditar as casas de forró e proibir os porteiros de saírem dos
prédios".
O colunista social foi afastado depois de ter publicado a coluna defendendo
voto contra o PT e ofendendo nordestinos, pobres e empregadas domésticas na
edição nº 15 da revista Actual Magazine, que circula na região.
Em seu texto, intitulado "Desespero", ele prega voto contra o PT no
próximo domingo. Defende que Salvador viva apenas do que produz: dendê, cocada
e Luiz Caldas. E que os pernambucanos sejam sustentados apenas de R$ 97 do
Bolsa Família e dos direitos autorais de "Morena Tropicana", música
de Alceu Valença.
O colunista idealiza ainda que os estados nordestinos de Alagoas, Piauí e
Maranhão fiquem de fora do cenário eleitoral "por falta de fórum
privilegiado" e que o voto desses estados só seja validado caso a
população formule . Esquece, porém, de colocar plural em uma frase da própria
coluna, quando pede que "Dilma e sua corja perca seus votos" - quando
o correto seria "percam".
Depois da publicação da coluna, Magalhães publicou em suas redes sociais que
havia sido "mal interpretado" e que sua intenção era apenas a de ser
"irônico". Em comunicado publicado nesta terça-feira 21, o jornal
afirma que "discorda totalmente das opiniões emitidas pelo colunista",
informa não ter responsabilidade pelo conteúdo veiculado na revista e diz que
Anderson Magalhães "não é mais colunista deste jornal", onde assinava
a coluna "Beatz".
Em artigo anterior, também na Actual Magazine, o colunista já havia manifestado
seu mal estar com os brasileiros que passaram a andar de avião. "E tudo
isso começou quando Lula e sua equipe — todos muito acostumados a andar de
ônibus desde os tempos de calango — chegaram ao poder", escreve,
saudosista: "Foi-se o tempo que bastava apenas chegar ao guichê, comprar a
passagem e embarcar...". O cenário atual, para ele, é um terror:
"Hoje é gente brotando dos ralos e carregando aquelas sacolas plásticas
lotadas de cacarecos comprados em camelô e nos mercados de genéricos. O Brasil
virou uma grande loja de R$ 1,99. Pelo menos é o que eu vejo nos
aeroportos".