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eduardo almeida
Uma operação realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e as polícias Civil e Militar de Alagoas, na tarde desta quarta-feira (8), resultou na prisão de oito - de um total de 11 - vereadores da Câmara Municipal de Joaquim Gomes, na Zona da Mata alagoana.
Os parlamentares são acusados de receber dinheiro público para integrar a base aliada do prefeito afastado Antônio de Araújo Barros (PSDB), conhecido como "Toinho Batista" e não fiscalizar as supostas irregularidades praticadas pelas secretarias. Além dos vereadores, o ex-secretário de Saúde do município foi detido na operação.
Foram presos os vereadores Edivan Antônio da Silva, Antônio Gonzaga Filho, Edvaldo Alexandre da Silva Leite, Cícero Almeida Lira, Adriano Barros da Silva, Antônio Márcio Jerônimo da Silva, Antônio Emanoel de Albuquerque Moraes, Teresa Cristina de Almeida e o ex-secretário Ledson da Silva.
De acordo com o coordenador do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), Alfredo Gaspar de Mendonça, as investigações tiveram início depois que vídeos chegaram até o Ministério Público, no qual os vereadores apareciam recebendo dinheiro.
As imagens, que foram gravadas por uma câmera escondida dentro do veículo usado por Ledson da Silva, mostram os acusados recebendo a propina.
"Os parlamentares recebiam entre R$ 2 mil e R$ 4 mil para deixar de fiscalizar as irregularidades praticadas pela prefeitura. Agora, nós vamos investigar a participação do prefeito. Mas, como ele tem foro privilegiado, nós precisamos de autorização da Justiça", complementou o coordenador do Gecoc.
Os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Os acusados serão levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Maceió, onde farão exame de corpo de delito e, em seguida, deverão ser ouvidos por promotores. Autoridades envolvidas na operação vão conceder entrevista coletiva à imprensa, às 16h30, na sede do MPE, no Poço, em Maceió.