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zero hora
Quem sofre com alergias respiratórias provavelmente não tem vivido dias muito agradáveis desde o início da primavera, em 22 de setembro. Sintomas como coceira e irritação no nariz, coriza e muitos espirros são comuns nesta época do ano, principalmente entre as pessoas que têm rinite alérgica. A explosão de pólen, fenômeno típico da estação, é o gatilho para o início das reações.
— O pólen liberado pelas flores entra em contato com a mucosa respiratória e provoca crises. Os pacientes mais sensíveis podem até manifestar asma — explica o coordenador técnico do projeto Brasil Sem Alergia, o médico alergista Marcello Bossois
.
Alguns cuidados podem ajudar
a evitar os efeitos da chegada da primavera. Entre as medidas mais simples está
forrar o colchão e o travesseiro com material impermeável para evitar o contato
com outros causadores de alergias, como ácaros e mofos, que também estão
presentes em carpetes, cortinas e brinquedos de pelúcia. O uso de produtos
químicos de limpeza como amaciantes e desinfetantes também irrita a mucosa
nasal e deve ser freado durante a estação – uma boa alternativa são os produtos
biodegradáveis. Um aliado para a diminuição das alergias é o ar-condicionado,
pois retém as partículas prejudiciais em seu filtro.
– O que não pode ser usado de
forma alguma são os descongestionantes nasais. O paciente acaba desenvolvendo
uma rinite medicamentosa, respira muito bem durante determinado tempo, mas o
inchaço nasal aumenta. Isso provoca mais coriza, o que faz com que a pessoa
faça mais aplicações. É um ciclo vicioso – alerta Bossois.
Mas o uso de soro fisiológico
está liberado. Lavar o nariz várias vezes ao dia com o líquido diminui o efeito
do pólen e da poeira nas vias respiratórias.