cadaminuto //
vanessa siqueira e teresa
Cristina
informações folha de são
Paulo
Durante uma varredura realizada
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no banco de dados do recadastramento
biométrico, foram encontradas duplicidades de digitais, permitindo que um
eleitor seja apto a votar mais de uma vez. Foram registrados casos em Alagoas,
Amazonas e Goiás e a Polícia Federal já investiga as supostas fraudes.
O caso foi denunciado nesta
quinta-feira (02) em uma reportagem no site da Folha de São Paulo. Dos 24
milhões de dados de eleitores em todo o país, 2.671 apresentaram
irregularidades. Segundo constatou o TSE, há eleitores registradas em duas ou
mais sessões eleitorais.
Há casos em que uma mesma
impressão digital está apta a votar em até dez seções diferentes. O recordista
é um eleitor, que não teve o estado de origem identificado na matéria, que
possui as digitais em mais de 20 cartórios. Estava apto a votar mais de 20
vezes.
O delegado Marco Antônio Pereira,
da Delegacia de Segurança Institucional (Delinst) da PF em Alagoas,
explicou que alguns casos estão sendo apurados, mas não adiantou detalhes para
não atrapalhar as investigações. Segundo ele, as denúncias dão conta de
irregularidades em Maceió e no interior do estado.
Pereira disse ainda que a
investigação objetiva descobrir se houve fraude ou falha durante o
cadastramento dos eleitores. “Estamos trabalhando para saber se existiu o crime
ou algum problema quando os dados estavam sendo colhidos nos locais designados
pelo Tribunal Regional Eleitoral”, afirmou o delegado à reportagem do CadaMinuto.
O corregedor-geral de Justiça
Eleitoral, ministro Otávio de Noronha, e o secretário da tecnologia da
informação do TSE, Giuseppe Janino, confirmaram as informações à Folha. Na
reportagem, o TSE informou que adotou dois procedimentos para lidar com as
duplicidades. Nos casos em que foram encontradas duplicidades de digitais em
duas localidades, só o registro mais recente foi cancelado.
Já nas ocorrências de digitais
repetidas em várias seções, todos os registros foram cancelados. A varredura
começou em setembro e até o dia das eleições, estima-se que cerca de 80% do
banco de dados seja checado.