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vinicius Lisboa
A presidenta do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Wasmália Bivar, afirmou nesta quinta-feira (18) que o aumento da taxa de
escolarização entre jovens de 15 a 17 anos é um dos principais desafios do
país, conforme aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) de 2013.
O estudo foi divulgado nesta quinta-feira e mostra que, entre 2012 e
2013, a taxa de jovens nessa faixa etária frequentando a escola subiu de 84,2%
para 84,3%, ou seja, apenas 0,1%.
"A escolarização está aumentando, mas em ritmo mais lento que os
mais novos e os muito mais novos, que avançam de forma muito acelerada. A
transição desses jovens de 15 a 17 anos para o mercado de trabalho é
precoce", disse Wasmália. Segundo ela, o resultado são salários mais
baixos ao longo da vida de quem não completou a escolarização: "A renda
deles aumenta, mas ainda é inferior ao salário mínimo. Saindo da escola, é uma
renda que vai permanecer na vida deles".
A presidenta do instituto afirmou, ainda, que o aumento da taxa de
desocupação de 7,2% na Pnad de 2013 é pontual, já que, na parte referente ao
trabalho, a análise usa apenas os dados da última semana de setembro.
"Falar em encolhimento do mercado é exagero", salientou. Lembrou
que a taxa de desocupação de 6,5% é a segunda menor da série iniciada em 2001.
Sobre a variação pequena do Índice que mede a desigualdade no país, a
presidenta observou uma tendência de estabilidade. Para Wasmália, a evolução da
série histórica mostra uma melhora importante. Entretanto, acrescentou que a
variação menor desde 2011 aponta para a necessidade de diversificação das
políticas públicas relativas ao tema.