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Um
empresário da cidade de Palmeira dos Índios é apontado pela Polícia Federal
como o chefe de uma organização criminosa especializada no tráfico
interestadual de drogas e lavagem de dinheiro que consistia na compra de
crack no Estado de Mato Grosso, com distribuição em todo o Nordeste. A
prisão de Cícero Bezerra da Silva, conhecido como Cicinho, proprietário do
Haras Padre Cícero, ocorreu durante uma operação denominada PEDRA 90*,
deflagrada na manhã desta quarta-feira (17), em Sergipe.
Em
Alagoas foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão nos municípios
de Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios e Joaquim Gomes. As equipes da PF
ainda realizaram buscas em Aracajú, na cidade São Lourenço da Mata, em
Pernambuco, em Várzea Grande, em Mato Grosso, e na cidade de Marabá, no estado
do Pará. Todos os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de
Aracaju/SE.
De
acordo com a PF, a organização efetuava a aplicação do dinheiro proveniente do
tráfico de drogas em bens de luxo, tais como carros importados, imóveis, haras,
cavalos de raça e fazendas. Como é o caso de Cicinho, que recentemente teria
negociado um cavalo pelo valor de R$ 200 mil. Durante a investigação,
constatou-se que, entre as várias formas de dissimular o ganho proveniente com
o tráfico de drogas, o grupo investia na compra de cavalos de raça para uso em
circuitos de vaquejada em todo o brasil.
O
acusado já teria sido alvo da Polícia Civil de Alagoas, no ano de 2012, porém,
conseguiu fugir antes da chegada dos policiais civis à sua residência e
atualmente respondia o processo em liberdade.
Em
Maceió, os policiais federais prenderam outro integrante da organização. Nilo
Soares foi localizado em um apartamento de luxo, de onde tentou fugir pela
garagem. O acusado, segundo a PF, utilizava diversos nomes falsos e estava
foragido da Justiça do Mato Grosso, onde foi condenado por roubo e formação de
quadrilha. Além disso, ele também era procurado em Porto Velho/ RO e
Rondonópolis/ MT por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Um dos
responsáveis pela distribuição de entorpecentes da organização criminosa pelo
Nordeste, Rodrigo Ayres Neves, foi preso em São Lourenço da Mata,
em Pernambuco. Em Aracaju, no bairro Atalaia, foi presa Eliane Magalhães
Dezan. Ela era responsável pela distribuição de drogas na capital e
interior de Sergipe. Na casa de Eliane foram apreendidas pedras de crack e uma
quantia em dinheiro.
Outro
membro da quadrilha, responsável pela remessa de drogas do Estado de Mato
Grosso a Sergipe, Fábio Antônio Dezan, foi preso na cidade de Cuiabá, em Mata
Grosso. Na casa de Fábio, também foram aprendidos drogas e dinheiro. Somente no
período de um ano de investigação, os policias federais apreenderam cerca de
400 quilos de crack em Aracaju.