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denis marum
Se existe uma peça no carro que pode causar um grande prejuízo é a
correia dentada. Em um carro popular, os gastos podem variar de R$ 1,3 mil até
R$ 4 mil. A maioria dos carros possui correia dentada. Se o seu é um deles,
veja as dicas abaixo.
A função da
peça é coordenar a abertura das válvulas de acordo com a posição da árvore de
manivelas (virabrequim). Como cada válvula possui um momento exato de abrir ou
fechar, de acordo com o movimento dos pistões, ela recebe os “dentes”.
Complicado, não? O vídeo ao lado ajuda a compreender.
Na maioria
dos casos, quando a correia dentada rompe, os pistões acabam se chocando com as
válvulas, provocando o empenamento das mesmas. Quando isso acontece, o
motorista é obrigado a fazer a retífica do cabeçote, o que em um veículo motor
1.0 custará por volta de R$ 1,3 mil.
Em
determinadas situações, por exemplo, quando o rompimento da correia acontece em
altas rotações (alta velocidade ou em fortes arrancadas) o impacto é tão grande
que acaba quebrando os pistões. Se isso acontecer, o prejuízo será ainda maior,
pois o dono do carro terá que fazer uma retífica completa do motor.
Considerando aquele mesmo exemplo de motor 1.0, o reparo custará por volta dos
R$ 4 mil.
Como evitar a quebra da
correia e o consequente prejuízo
Cantar pneu,
reduzir a marcha drasticamente ou dar tranco no motor para fazê-lo pegar são
atitudes que devem ser evitadas. Mas a melhor forma de prevenir a quebra da
correia é fazer a substituição dentro dos prazos estabelecidos no manual do
proprietário. Na maioria dos carros ela deve ser substituída a cada três anos
ou 50 mil quilômetros, o que ocorrer primeiro. Se o motorista obedecer às
recomendações descritas no manual dificilmente terá problemas.
Existe algum sintoma de
que ela esta prestes a romper?
Este é o
grande problema. Ela não costuma dar nenhum aviso de que pode romper. Por isso
muitos motoristas são surpreendidos com as quebras. Geralmente a correia
dentada fica protegida por uma capa de plástico, o que dificulta a avaliação de
seu estado.
Para checar
as condições da correia, é preciso, com o veículo desligado, retirar a capa
protetora e procurar sinais de trincas na borracha ou lona desfiada. Se
encontrar alguns desses sintomas, procure um mecânico e faça a substituição
imediatamente.
Cuidados especiais
Se for
comprar um carro usado com mais de 50 mil quilômetros, é importante fazer a
troca para não correr nenhum risco. Se tiver alguma dúvida sobre a procedência
do veículo, também é aconselhável realizar a troca, pois a quilometragem pode estar
adulterada. Outro cuidado é substituir também o respectivo esticador da correia
dentada (peça que mantém a correia esticada), pois se o esticador travar e
permitir que a correia pule fora das polias, o estrago no motor será o
mesmo.
Correia x corrente
É difícil
para um leigo entender as diferenças. É preciso realizar o mesmo processo de
retirar a capa protetora de plástico para verificar se o modelo possui correia
ou corrente. Em termos gerais, se a peça for de borracha, é correia. Se for
metálica, é corrente.
A corrente
tem uma vantagem sobre a correia que é a durabilidade, ela não quebra. Porém, o
custo do sistema é mais alto. Também não é possível substituir um sistema de
correia por um de corrente.