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Treze anos após os atentados de 11 de Setembro – nos
quais foram criados e um memorial, um museu e um centro de tributo dedicados às
vítimas—, a existência do turismo relacionado aos acontecimentos de 2001
permanece controversa.
Os números mostram que o público se interessa pelos lugares ligados ao tema.
Criado neste ano, o 9/1 Memorial Museum já recebeu 700 mil visitantes de 131
países – isso em menos de três meses. Já o 9/11 Memorial, inaugurado três anos
atrás, recebeu cerca de 15 milhões de pessoas. É um milhão a mais, por ano, do
que as que visitam a Estátua da Liberdade.
Mas alguns nova-iorquinos ainda estão tão traumatizados
que evitam a área onde ficavam as Torres Gêmeas, e outros acreditam que
explorar turisticamente a tragédia é inapropriado, por mais que a intenção seja
respeitosa. De fato, o Memorial pode ser confundido com um parque urbano comum,
cheio de visitantes tirando “selfies” ou se escorando nos parapeitos de bronze
que trazem o nome dos mortos.
"Existe uma tensão. É um parque agradável onde dá para fazer um
piquenique, mas você pode estar sentado perto de um familiar prestando respeito
a um ente querido”, diz Brenda Berkman, tenente aposentada do Corpo de
Bombeiros que trabalhou nas Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2011. Ela agora
é guia de turismo no 9/11 Tribute Center, que oferece passeios guiados por
pessoas que têm alguma relação com a tragédia. Veja algumas opções para quem
quiser visitar ou aprender mais sobre o evento.
As cachoeiras e os espelhos d´água ficam bem no terreno
onde estavam as Torres Gêmeas. O local é rodeado por painéis com os nomes das
quase 3 mil pessoas que morreram nos ataques. Entre as centenas de árvores da
área, a mais conhecida é um pé de pera chamado Survivor Tree (árvore
sobrevivente), que cresceu a partir de um toco que restou após a queda das
torres.
Preço: gratuito
Horários: diariamente,
das 7h30 às 21h.
Site: www.911memorial.org/visit-911-memorial
9/11
MEMORIAL MUSEUM
O museu conta a história do World Trade Center, de construção à destruição e ao
renascimento. Os objetos expostos incluem vigas das torres, a Escada dos
Sobreviventes (usada por centenas para escapar), um carro de bombeiros
danificado e sapatos usados por um fotojornalista que se feriu no dia.
É possível ouvir gravações de mensagens telefônicas de pessoas que ficaram
presas nas torres e, em uma parte classificada como “forte”, ver fotos daqueles
que pularam do prédio. Avisos alertam para o impacto “emocional e visceral” do
museu.
Preço: US$ 24
(para evitar longas filas, recomenda-se adquirir ingressos online)
Horários: das
9h às 21h (última entrada às 19h). A partir de 21/11, o museu passa a fechar às
19h.
Site: http://911memorial.org
9/11 TRIBUTE CENTER AND TOURS
Contrastando com as exibições gigantescas e formais do Memorial Museum, o 9/11
Tribute Center é um lugar pequeno e íntimo. As paredes estão cobertas por fotos
de vítimas. Pássaros de origami – símbolo da paz – ficam pendurados em uma
escadaria. É como olhar para o álbum de fotos e memórias de alguém.
O local também tem ótimos passeios guiados por guias que têm conexão com o
atentado – sobreviventes, pessoas que perderam entes queridos ou trabalharam no
resgate, por exemplo. Eles dividem suas memórias pessoais com o público.
“Tentamos te transportar para esse dia com base no que testemunhamos”, diz a
ex-bombeira Brenda Berkman.
Preço: US$
15; tours: US$ 10; entrada + tour: US$ 20.
Horários: de
segunda a sábado, das 10h às 18h. domingos, das 10h às 17h. Tours guiados às
11h, 12h, 13h, 14h e 15h.
Site: http://tributewtc.org
ONE WORLD TRADE CENTER
O observatório do One World Trade Center só abre no ano que vem, mas o
reluzente arranha-céu pode ser visto por toda a cidade.