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Desde sempre que o ser humano eleva a beleza. É verdade que a beleza vende, motiva, inspira e traz benefícios. Porém, a busca indiscriminada de padrões inviáveis pode trazer prejuízos à saúde e à qualidade de vida. A autoimagem pode ser definida como a visão que temos de nós mesmos, o nosso “retrato mental” baseado em experiências passadas, vivências e estímulos presentes e expectativas futuras.
Inclui a forma, o tamanho, as proporções do nosso corpo e os nossos sentimentos em relação à nossa imagem corporal. Esta avaliação depende dos estímulos positivos e negativos que recebemos, dos padrões com os quais somos confrontados, nomeadamente os valores culturais, os estéticos, para além das nossas emoções e dos nossos sentimentos.
A construção
da autoimagem acontece através da aprendizagem, começando logo na infância, ao
interagir com as pessoas que são importantes. O retorno verbal e não verbal que
a criança recebe, tanto positivo quanto negativo, contribui para a construção
da sua imagem.
A avaliação
que faz de si própria resulta da avaliação que os outros fazem dela. Uma
avaliação errada produz comportamentos distorcidos. É através da autoimagem que
a mente avalia aquilo que o espelho reflete. Mais importante do que ser ou
estar é sentirmo-nos bonitos. A definição de beleza é, sem dúvida, uma questão
de autoestima.
A Dismorfofobia, também denominada de Transtorno Dismórfico Corporal ou Síndrome da Distorção da Imagem, é uma alteração da perceção e da valorização corporal que consiste numa perturbação psicológica caracterizado pela preocupação obsessiva com algum defeito inexistente ou mínimo na aparência física.
As pessoas com dismorfofobia têm frequentemente problemas em controlar os pensamentos negativos acerca da sua aparência, mesmo quando os outros garantem que estão ótimas. Causas As causas desta perturbação são múltiplas, podendo estar associadas a questões biológicas, psicológicas, sociais e culturais, atuando sobre uma certa predisposição individual.
A carência
afetiva vivida na infância, a constante crítica destrutiva ou mesmo uma
brincadeira focando sempre uma determinada característica, podem ser fatores de
predisposição para esta perturbação, embora seja no começo da adolescência que
nos tornamos mais sensíveis às censuras, comentários e comparações.
Predisposição
na adolescência
Na
adolescência, o indivíduo ainda está em formação e os comentários dos pais, dos
familiares ou dos amigos assumem um enorme significado, muito superior à
repercussão que teriam num adulto. A importância que se dá à beleza, mais
excessiva entre os adolescentes, é hoje exacerbada devido às imagens
“perfeitas”, continuamente difundidas pelos meios de comunicação.
A obsessão pelo corpo é, sem dúvida, uma característica do nosso tempo e o seu culto é cada vez maior. O adolescente tem uma grande necessidade de se sentir belo e admirado, no entanto, a alta competitividade da sociedade em que vivemos e o bombardeio publicitário de modelos com corpos perfeitos, define padrões inatingíveis, podendo provocar no adolescente uma avaliação da sua imagem distorcida e uma diminuição da sua autoestima.
Para além da
enorme importância que é atribuída à opinião dos outros, especialmente dos
amigos, que é convertida num dos seus principais pontos de referência, de
aprovação ou de rejeição, seja ela real ou imaginária. Estes dois fatores,
quando mal vividos, podem contribuir para uma preocupação excessiva com a
imagem corporal.