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thayanne Magalhães
As novas tecnologias têm atraído cada vez mais jovens para o mundo
virtual. Nas escolas é difícil encontrar uma criança ou adolescente que não
possua um telefone celular, geralmente dos mais modernos, com acesso às redes
sociais.
Mas, até onde se deve permitir que os jovens usem a nova ferramenta de
comunicação sem prejudicar no rendimento escolar?
A coordenadora de uma escola particular de Maceió, Carla Magalhães,
disse que controlar os adolescentes é mais complicado.
“Sou coordenadora a tarde e lido com crianças de 3 a 10 anos. Mas pela
manhã dou aula de matemática para adolescentes de 11 a 17 anos e eles muitas
vezes parecem passar mais tempo no celular do que interagindo com os colegas da
escola. É difícil controla-los”, explicou a coordenadora.
Carla disse que regras podem ajudar no controle do uso do celular.
“Aqui na escola nós temos uma regra: o aluno deixa o celular com o
professor quando entra na aula. Caso seja flagrado usando o aparelho, o
professor recolhe o aparelho e chama os pais para conversar com a coordenação
sobre o comportamento do filho. É preciso controlar o uso, já que os
adolescentes não têm maturidade para discernir a hora que pode e que não pode
mexer no celular”, opina.
Carla Magalhães acredita que os pais precisam impor mais limites para os
filhos, evitando esse tipo de situação.
“As vezes os pais estão ocupados, trabalhando, e são chamados na escola
para tratar desse assunto. É preciso conversar em casa, orientar os filhos para
que saibam quando é inconveniente mexer no celular. Precisa passar para as
crianças e adolescentes a importância dos estudos e deixar um pouco de lado
esse mundo virtual”.
Para a coordenadora, os aplicativos de bate-papo são um problema na vida
das crianças e dos adolescentes em fase escolar.
“Eles perdem muito tempo conversando. Botam o celular do lado do livro,
do computador, e não conseguem se concentrar direito nos estudos por conta das
conversas desses grupos de bate-papo que não param um minuto de enviar
mensagens”.